Prontos para a resenha de um livro daqueles de tirar o fôlego?
Então venham saber o que achamos de Anjos e demônios do escritor norte americano Dan Brown, nosso xará.
Capa:
A capa chama a atenção pela indicação de que Dan Brown é o mesmo autor de O código Da Vinci, um recurso utilizado quando o nome do escritor já é associado a outros trabalhos. A capa em si é simples, apesar de bonita, mas não me chama muito a atenção.
Só me interessei pelo livro porque já o tinha em casa.
SINOPSE: Antes de decifrar ´O Código Da Vinci´, Robert Langdon, o famoso professor de simbologia de Harvard, vive sua primeira aventura em Anjos e Demônios, quando tenta impedir que uma antiga sociedade secreta destrua a Cidade do Vaticano. Às vésperas do conclave que vai eleger o novo Papa, Langdon é chamado às pressas para analisar um misterioso símbolo marcado a fogo no peito de um físico assassinado em um grande centro de pesquisas na Suíça. Ele descobre indícios de algo inimaginável: a assinatura macabra no corpo da vítima - um ambigrama que pode ser lido tanto de cabeça para cima quanto de cabeça para baixo - é dos Illuminati, uma poderosa fraternidade considerada extinta há quatrocentos anos. A antiga sociedade ressurgiu disposta a levar a cabo a lendária vingança contra a Igreja Católica, seu inimigo mais odiado. De posse de uma nova arma devastadora, roubada do centro de pesquisas, ela ameaça explodir a Cidade do Vaticano e matar os quatro cardeais mais cotados para a sucessão papal. Correndo contra o tempo, Langdon voa para Roma junto com Vittoria Vetra, uma bela cientista italiana. Numa caçada frenética por criptas, igrejas e catedrais, os dois desvendam enigmas e seguem uma trilha que pode levar ao covil dos Illuminati - um refúgio secreto onde está a única esperança de salvação da Igreja nesta guerra entre ciência e religião. Em Anjos e Demônios, Dan Brown demonstra novamente sua extraordinária habilidade de entremear suspense com fascinantes informações sobre ciência, religião e história da arte, despertando a curiosidade dos leitores para os significados ocultos deixados em monumentos e documentos históricos.
DADOS TÉCNICOS: 2004, 464 páginas, Editora Sextante, Dan Brown
RESENHA: Anjos e demônios tem tudo aquilo que se espera de Dan Brown, então se você já leu outras obras dele e gostou, vá fundo nesse, mas se não gostou, evite pois irá encontrar a mesma fórmula utilizada em outras obras.
A tão alarmada fórmula de Dan Brown consiste no uso de alguns elementos que discutiremos no livro aqui resenhado. São eles: Ganchos, enigmas, reviravoltas, ação contínua.
COMEÇO A 1000: Dizem que um bom livro precisa conquistar o leitor logo no primeiro parágrafo, no primeiro capítulo e Anjos e demônios faz isso muito bem. A trama já começa com assassinato, seitas secretas, religião e Robert Langdon.
O charmoso professor universitário é chamado ao CERN, uma instituição científica localizada na Suíça para desvendar um crime que estaria ligado a uma antiga seita anti catolicismo chamada "Illuminati". Essa site teria roubado uma nova arma poderosíssima baseada em antimatéria e a usaria para destruir a cidade do Vaticano. A explosão é iminente.
Só por aí já é possível ter uma ideia do ritmo que o livro propõe. Uma correria desenfreada pelas ruas de Roma para deter os criminosos e salvar o dia, tudo conduzindo por Robert Langdon com uma ajudinha aqui ou ali.
GANCHOS: É realmente difícil parar de ler Anjos e demônios. cada capítulo termina com um pequeno mistério, um gancho que nos deixa com vontade de ler o próximo e o próximo e quando vemos lá se foi a madrugada. As mais de 400 páginas são viradas rapidamente.
ENIGMAS: Dan Brown é conhecido por rechear seus livros de simbologia. Arte, história, ciência e religião se misturam num mar de informações onde fica difícil saber o que é real e o que é fantasia.
São enigmas que devem ter exigido uma carga de pesquisa absurda por parte do autor, já que envolvem obras de arte, costumes religiosos e, nesse caso, toda uma lenda sobre uma sociedade secreta que teria ou não existido.
Apesar de esses enigmas serem incríveis, há uma desvantagem: Apenas Robert Langdon é capaz de desvendá-los. Esse detalhe tira um pouco da graça de tentar descobrir o que está acontecendo, algo possível se você está lendo um livro policial comum como os escritos pela genial Agatha Christie.
REVIRAVOLTAS: Se por um lado não é possível adivinhar os enigmas, pelo menos é possível descobrir quem são os vilões, os traidores e afins. Para isso você precisa já ter lido pelo menos um outro livro do autor para entender como ele faz para ludibriá-lo.
Só que nesse livro, ele conseguiu me enganar direitinho porque o livro vai te apresentando diferentes possibilidades de traidores e vilões e acabei surpreendido.
Infelizmente Brown deu uma exagerada nessa quantidade de reviravoltas e o livro, que é extremamente dinâmico no começo, apresentou uma certa barriga no final, mas nada que desmereça a obra como um todo.
MOTIVAÇÕES E ROMANCE: A personagem Vittoria, filha do cientista assassinado logo no começo da trama acabou se mostrando como um ponto fraco na trama. Explico: A moça acabou de perder o pai, assassinado de forma brutal e, em vários momentos, parece esquecer esse fato para se envolver amorosamente com Langdon.
O corpo nem esfriou direito ela já está toda charmosa com o professor, mesmo o autor tentando dar uma disfarçada em alguns momentos, o que me pareceu bastante forçado para que houvesse um romance no livro.
Da mesma forma, Langdon não tem nenhum motivo para se envolver numa caçada a um assassino, colocando a própria vida em risco várias vezes para solucionar alguns enigmas. Qualquer pessoa no papel dele, largaria o problema nas mãos da polícia e voltaria para casa.
PROFESSOR UNIVERSITÁRIO OU SUPERDETETIVE? Outra faceta do livro que acabou extremamente exagerada é a capacidade de Robert em sair das mais complicadas enrascadas. Ele parece mais um 007 do que um professor. Decifrar códigos tudo bem, mas ele escala, nada, lida com armas e luta muito melhor do que o esperado.
Ah, mas o escritor coloca alguns fatos prévios para justificar. Ok, ainda assim é exagerado e hollyoodiano demais para o meu gosto.
CONCLUSÃO: Anjos e demônios apresenta um Dan Brown no auge com uma história espetacular que nos prende desde o início e nos carrega em um ritmo frenético até a solução. Infelizmente o autor inflou-se no próprio ego e deu uma barrigada desnecessária, deixando o livro um pouco exagerado.
Por essas e outras pequenas gafes, perdeu uma estrela, mas ainda finaliza com excelentes 4 estrelas.
E você leitor? Já leu algum livro do autor? O que achou? E o que achou dessa resenha? Concorda ou discorda de algum ponto? Quem acrescentar algo que esquecemos? Então não esqueça de deixar o seu comentário.
Abraços
Dan Folter!
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