domingo, 30 de dezembro de 2018

Retrospectiva 2018 - YouTube, Um Poema de Guerra, Chatflix e traduções

Já está ficando tradicional fazer essa retrospectiva, então não poderíamos terminar o ano sem ela, não é mesmo?

2018 foi um ótimo ano para nós, mesmo com o mercado literário cheio de problemas. E o principal marco foi o lançamento do meu segundo livro solo:

Um Poema de Guerra

O trabalho feito com a editora Xeque-Matte se mostrou muito acertado e as resenhas tem sido maravilhosas.
A coincidência com o período conturbado nas eleições ainda ajudou o livro a decolar nas vendas.

Por isso, se você ainda não tem o seu, corre: Comprar Um poema de guerra

Não deixe também de adicionar ao Skoob: Um Poema de Guerra no Skoob



Amor Sem limites

Em março lançamos mais uma antologia. Estive na Laundry Deluxe em São Paulo com vários outros autores para o lançamento de amor sem limites.

E dessa antologia é o conto O melhor ouvinte que conta a história de um menino que perde a fala e como ele faz para viver com essa dificuldade.

Você pode encontrar esse conto em e-book na: Amazon

Para saber como foi o evento, clique nesse Link





Youtube:

2018 também foi o ano em que decidimos encarar de cabeça o projeto YouTube e o resultado também tem sido maravilhoso. O canal já conta com 19 vídeos com resenhas de livros, análises sobre o mercado, a profissão escritor e todo o mundo que cerca a literatura.

O canal cresceu depressa e já está com 105 escritos. Já realizamos até um sorteio de um livro quando chegamos aos 100 inscritos.

E não vamos parar. Em 2019 teremos mais surpresas para você, por isso inscreva-se no canal e recomende para os seus amigos: Desinformadoss no YouTube



Chatflix:

As novas mídias estão aí e precisamos ficar antenados a elas, por isso nos juntamos ao pessoal do Chatflix, um aplicativo para que você leia histórias no seu celular, em formato de chat.

E lá lançamos a nossa primeira história que se chama O Informante onde um policial se infiltra numa quadrilha de traficantes para reunir provas e prender os líderes.

Se você quer saber mais sobre o aplicativo, eu fiz um vídeo explicando direitinho lá no Youtube: Você conhece o Chatflix?

E fique de olho porque logo logo tem história nova...


Traduções:

Dan, onde você arruma tanto tempo? Nem eu sei, mas nesse ano também nos dedicamos a fazer algumas traduções de livros gringos para a nossa querida língua portuguesa. Então quero convidá-los a conhecerem as duas obras já finalizadas e publicadas

Além da Torre de Marfim

Sinopse:
Se há uma coisa em que a professora de matemática Anna Lazarev acredita é no valor da educação superior. Então quando sua irmã anunciou que estava saindo da faculdade, Anna colocou a culpa diretamente no homem que inspirou a rebelião de sua irmã.

Para comprar o seu, basta acessar as principais lojas de e-books, como a Amazon





Surpresa ao Pôr do sol

Sinopse: Poderão um pôr do sol, um beijo, e uma ideia louca a convencerem a ficar em Sunset Beach?
A vida de Summer Whitney está saindo do controle. Após a morte do seu noivo, ela fechou seu estúdio de tatuagens e viajou o mundo procurando por algo ao alguém para se apoiar.
Uma reunião em Sunset Beach levou à decisão de voltar para casa em busca de reaproximação com as amigas e a família. Mas uma visita surpresa do ex amor Kimon Galanos trará notícias chocantes sobre o passado — e o presente.
Summer ficará em Sunset Beach por tempo suficiente reacender a chama do amor e encontrar a felicidade perdida ou ela fugirá novamente, desta vez para sempre?

Para comprar o seu, basta acessar as principais lojas de e-books, como a Amazon

Eventos:
É... esse ano não foi possível ir na Bienal de São Paulo, mas não faltaram outras oportunidades para nos encontrarmos.

Estivemos no lançamento de Antologia Amor sem limites em São Paulo.
Estivemos duas vezes na feira do livro de Águas de São Pedro.
Estivemos nas feiras literárias de Limeira em Outubro e de Americana em novembro.
Estivemos nos encontros de autores organizados pelos blogs Queen of literature e Entre livros e prosa em Rio Claro.
Estivemos no LiteraSP que aconteceu em São Paulo em novembro.

E tem muito mais em 2018. Por isso acompanhe a nossa página do facebook para ficar sempre por dentro de tudo.

Redes Sociais.

As redes sociais são o melhor canal para que leitores e escritores se encontrem. Por isso estamos sempre investindo em todas elas e publicando com frequência. 
Mas você pode nos ajudar seguindo as páginas. Vamos ver como elas se comportaram em 2018?

A nossa página no facebook apresentou um crescimento extraordinário. Eram 369 seguidores no final do ano passado e nossa meta era chegar aos 500. Não só chegamos como passamos e agora são 542. Será que chegamos a 700 em 2019?

Nosso Twitter também continua crescendo. Saímos de 180 para 353. Um crescimento de quase 100%. Nos siga lá para passarmos de 500.

Outra rede social em ascensão é o Instagram. Saímos de 153 para 347. Nos siga por lá também já que será no Insta que divulgaremos o livro a ser lido por nós todos os meses e que terá vídeo no Youtube.

Nossas outras redes sociais:
E para terminar, vamos falar do blog em si. Claro que com tantas atividades não foi possível dar uma atenção maior para o blog, ainda assim foram 61 postagens, mesmo número do ano passado com resenhas, análises, crônicas, lançamentos e eventos. Por isso permaneça aqui com a gente no ano que vem.

Mas você quer saber o que vem aí em 2019?

Já estamos com um livro prontinho na manga. Falta arranjar editora e seguir para o lançamento. A história de uma acupunturista que irá fazer de tudo para adotar uma criança de rua tem o Título provisório de Minha Melhor Amiga.

Dicotomia já está com a editora e sofreu um pequeno atraso devido ao mercado complicado. Esperamos ver essa obra lançada agora em 2019.

Teremos mais eventos, novidades em mídias diferentes e trabalhos com outros autores. Aguardem.

Tenham todos um 2019 cheio de realizações e com muita literatura.
São os votos de Dan Folter e da equipe Desinformadoss.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

YouTube - Chatflix e você escolhe nossa próxima leitura

É véspera de Natal, mas tem vídeo novo!! Venham conhecer o Chatflix e me ajudar a escolher a leitura de janeiro.







Abraços



Dan Folter!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Resenha - Brilho do Sol de Roseli Magro

Olá meus amigos desinformados, tudo bem por aí?

Prontos para a última resenha do ano??? É isso mesmo, 2018 já está acabando, mas ainda dá tempo de conferir o que achamos de Brilho do Sol de Roseli Magro.

CAPA: 


Essa capa deixa a gente com vontade de ler o livro, não? Mais uma vez a editora Xeque-Matte mandou bem nessa parte.

SINOPSEBrilho do Sol é o nome de uma cidadezinha nordestina onde acontece a história de João, um menino de oito anos, que mudou a história do sertão de tal forma que nunca mais esse lugar voltará a ser o mesmo.

No livro, a fome existe, é fato, e ela dói.

Mas é fato também que o amor existe e ele é a estrutura para a felicidade. O amor ou a falta dele se materializam no bem contra o mal, uma constante luta durante toda a narrativa. Qual vencerá?
DADOS TÉCNICOS: 2016, 159 páginas, Ed. Xeque-Matte, Roseli Magro

RESENHA: Brilho do Sol é o nome de uma cidadezinha no nordeste onde vive a família de Ana, Teovaldo e João. Ana trabalha em casa, cuida das crianças e ainda vende artesanatos. Teovaldo é cortador de cana. A vida é dura, mas eles se amam e usam esse amor para superar as dificuldades.

Eu poderia parar essa resenha por aqui, já que esse primeiro parágrafo explica bem o que é a essência da obra. O uso do poder do amor como uma força do bem para superar as dificuldades.

REALISMO MÁGICO: Brilho do Sol bebe da fonte do realismo mágico. E é na parte realista do livro onde estão as principais discussões.
A fome é o principal problema, mas a autora também usou essa parte para falar de vários assuntos que precisam ser discutidos como a mortalidade infantil, mas principalmente o papel da mulher na nossa sociedade.
Se nos grandes centros urbanos a vida é difícil para as mulheres, nos rincões do país, aqui representados pelo sertão, a coisa é muito pior.
Vítimas de estupros e outros tipos de violência, elas sobrevivem como podem.

A parte mágica vem do poder emanado por essa família, principalmente pelo menino João. Essa força, essa energia, é capaz de transformar as pessoas que entram em contato com essa família.

O BEM CONTRA O MAL: Desde a sinopse a autora já deixa claro que a história irá separar as pessoas entre boas e más. Isso vai um pouco contra o que se faz hoje em dia, onde as pessoas costumam ser representadas mais em tons de cinza, mas foi a opção da autora e ela seguiu isso na obra toda.
E o melhor lugar para se perceber isso é na antagonista da trama. Raimunda é uma mulher má.
Ela até tem motivos para essa maldade, mas parece ser a única pessoa "imune" ao amor daquela família e faz de tudo para destruí-los.

ESPIRITUALIDADE: A experiência de leitura de brilho do sol irá passar diretamente pela espiritualidade de quem lê. Se você é uma pessoa religiosa, principalmente da vertente cristã, irá se identificar bastante com a obra.
Mas se você é mais cético e anti-religião, a obra pode soar um pouco positivista demais, o que foi o meu caso.
A autora não tenha catequizar nem arrebanhar ninguém, porém utiliza conceitos que serão mais familiares para quem é mais espiritual.

A PARTE TÉCNICA:  Brilho do Sol é o primeiro livro publicado pela editora Xeque-Matte no mercado, mas ainda assim tem boa qualidade. A parte gráfica é primorosa com capa, diagramação e muitos detalhes bastante interessantes e bonitos.
Mas ela peca pela revisão. E não me refiro aos diálogos escritos em dialeto, já que é o esperado, mas sim à narração que contém erros ortográficos aqui e ali além de algumas frases ambíguas e que exigem uma segunda leitura para entendimento (ou não).

CONCLUSÃO: Brilho do Sol é uma leitura rápida com uma história que faz bastante sentido e que levanta alguns pontos interessantes para a discussão. Vai agradar em cheio aos fãs do realismo mágico ou pessoas mais iniciadas em suas espiritualidades.

Nota 3,0 no Skoob,  um bom livro.

Leia se você gosta de realismo mágico ou tramas espirituais e religiosas.

Não leia se você for cético ou avesso ao positivismo.

E essa foi a nossa última resenha de 2018, mas não o último post! Por isso continuem de olho nas novidades.

Abraços

Dan Folter

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Veja como foi o encontro de leitores em Rio Claro

O que é mais legal do que ler?

Fácil: encontrar com outros leitores e escritores e discutir o que já lemos e o que ainda iremos ler!

E foi isso que fizemos no último sábado na biblioteca Maria Alem Jorge que fica no centro cultural de Rio Claro - SP


O evento contou com a presença de vários autores e autoras nacionais e ainda teve um stand da editora PL para quem queria aproveitar e levar o seu livro para casa.

O evento foi mais um organizado pelas leitoras e blogueiras Lú Custódio (Entre Livros e Prosa) e Andressa Fernandes (Queen of Literature) e ela mandaram muito bem de novo. Tudo muito arrumadinho e uma estrutura bacana para o evento (com direito a cafezinho, refrigerante e guloseimas).

Se você não foi... perdeu!

Para o escritor eventos como esse são sempre uma ótima oportunidade para conhecer os leitores, saber a opinião deles sobre as nossas obras, mas também encontrar com outros escritores e trocar ideias, conselhos, dicas e fofocas.

Abaixo algumas imagens da galera:






Fique de olho nas nossas redes sociais para ficar sabendo de mais eventos como esses e compareça. A troca de ideias é muito importante para que todos cresçamos juntos.

E se você está muito longe da gente, chame o pessoal aí da sua cidade e faça um encontro também, comece um clube do livro, faça a sua parte para promover a literatura.

Nosso muito obrigado às organizadoras e à biblioteca por ter nos cedido o espaço.

Aquele abraço!

Dan Folter

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

YouTube - Leituras do ano e TAG dos 100% - T01E16

Sejam bem-vindos a mais um vídeo do canal Desinformadoss.



E hoje falamos das leitoras de 2018 com estatísticas interessantes e ainda respondemos à algumas perguntinhas da TAG dos 100%







Não se esqueçam de curtir o vídeo, compartilhar com os amigos e se inscrever no canal



Abraços



Dan Folter

sábado, 8 de dezembro de 2018

Análise Literária - Avassalador de Josiane Veiga

Olá meus caros desinformadoss. Tudo bem por aí? Espero que sim!

Faz tempo que eu quero ir um pouco além da resenha, então criei a sessão "Análise Literária" onde vamos destrinchar uma obra de forma um pouco mai técnica. Se você é escritor, uma boa oportunidade para compreender melhor esse nosso mundo literário, se você é só leitor, uma ideia melhor sobre a análise de obras além do "gostei" ou "não gostei".

E a primeira obra que irá inaugurar o novo modelo dessa sessão é Avassalador da escritora brasileira Josiane Veiga.

Essa é a segunda obra que leio da escritora. A primeira, Esmeralda, foi resenhada e o resultado você podem ver aqui: http://desinformadoss.blogspot.com/2017/01/resenha-esmeralda-de-josiane-veiga.html

A análise irá dar uma nota de 0 a 5 para cada item com direito a nota e meia. No final chegaremos a uma nota resumida.

* Lembrem-se que essa análise é uma exposição da opinião pessoal do blog e não pretende-se aqui ditar regras. Você pode (e deve) discordar de nós, desde que seja gentil e educado. :-)

Vamos lá:

DADOS TÉCNICOS: 2016, 228 páginas, Independente (Amazon), Josiane Veiga

CAPA

Vários elementos formam a capa de Avassalador: O casal em destaque deixa claro que teremos uma história romântica. As roupas deles e as montanhas ao fundo tentam nos passar que se trata de um romance de época, algo equivalente ao nosso período da idade média.

Já na parte dos caracteres, o/a artista optou por utilizar diferentes tipos de fontes para passar várias informações como o título da história, a informação de que o livro é parte de uma série e a informação de que a autora vende bem na Amazon, para dar aquele "push" nas vendas.

Ficou um pouco poluído, mas chama a atenção, passa a ideia de forma correta e ficou bonita.

Nota 4,0




SINOPSEO amor os destruiu... 

Elisabeth de Brace era descendente direta da antiga e mitológica Rainha Esmeralda. Contudo, não herdou a audácia e a coragem de sua antepassada. Presa num mundo cruel, dada por noiva a um rapaz que não desejava, aceitou a passagem de seus monótonos dias sem reclamações.

Contudo, a desistência do casamento por parte de Andrew Clark, fê-la perceber que as coisas poderiam piorar. 

Para fugir de outro matrimônio, dessa vez com um homem desonrado e repugnante, aceitou deitar-se com um bastardo sem nome, que a levou a uma vida de dissabores e desilusão. 

Joshua, o bastardo, nunca creu que Elisabeth um dia fosse sua. Cumpriu seu papel de amigo na vida dela, honrando-a e amando-a em segredo. Porém, quando ela implorou que a tomasse, ele não pestanejou. 

Entretanto, Joshua não havia nascido para um relacionamento. Além da vida desgarrada, ele não confiava nos sentimentos da esposa, e a torturava com seu ciúme e desconfiança. 

Como o amor entre eles poderia florescer se a dúvida pairava o tempo todo entre ambos? 

Avassalador é um ousado romance sobre as terras do Reino de Bran, mundo criado por Josiane Veiga no sucesso Esmeralda.

A sinopse ficou grande. Mas o maior problema é que ela acaba dando um pouco de spoilers sobre a história. Ela pelo menos informa que o livro se passa no mesmo mundo de outra obra, alertando o leitor para a sequência correta de leitura.
Dando uma enxugada e contando menos da história seria ideal.
Nota 2,5

PÚBLICO-ALVO: Assim como a primeira obra, Esmeralda, Avassalador foca sem dó no público feminino. O envolvimento romântico das personagens é o carro chefe tanto da capa quanto da sinopse. Uma rápida olhadinha no Skoob mostra que a estratégia é acertada já que 99% dos leitores são mulheres.
A obra nem faz muita questão de se apresentar como fantasia, o que importa é mesmo o romance. 
Nota 4,0

TRAMA/ENREDO: A trama entrega o que vende. Casais ficando/não ficando juntos, intrigas, brigas pelo poder. O título Avassalador cai bem porque existem paixões que merecem essa alcunha na obra, a coisa, inclusive fica bastante quente em algumas cenas...

O enredo é redondinho, mas não espere grandes surpresas. As coisas acontecem mais ou menos como o esperado, mesmo com uma reviravolta aqui e ali. Mas não era mesmo de se esperar algo filosófico nesse tipo de história, não é mesmo? 
Nota 4,0 

NARRAÇÃO: Narrado em terceira pessoa por narrador onisciente, avassalador foca nas ações, deixando menos espaço para as descrições, afinal a história precisa andar. Está adequado.
Nota 3,0

VEROSSIMILHANÇA: A autora criou um mundo em Esmeralda e estabeleceu várias regrinhas que respingam nessa história. Apesar de a ela ter colocado uma nota dizendo que esta história pode ser lida sem que se conheça a anterior, se isso for feito, irão aparecer sim coisas sem explicação.
A verossimilhança aqui depende bastante da sequência correta ou o leitor ficará meio perdido em algumas passagens.
Nota 3,0

PERSONAGENS: Um dos pontos altos do livro. Andrew, Elisabeth, Joshua e Anna são quatro pessoas com características bastante distintas e percebe-se bem o quanto as suas personalidades são uma consequência da criação que receberam.

Todas as personagens evoluem bastante durante a trama e conseguem captar a nossa empatia, seja torcendo pelos "heróis" ou agourando os "vilões". Entre aspas porque o papel de algumas dessas personagens pode variar entre esses dois arquétipos durante a história.

É a melhor coisa do livro. Nota 4,5

LINGUAGEM: Avassalador sofre de um problema quase crônico na literatura independente brasileira: a falta de preparação e revisão. O texto tem erros de digitação, ortografia, concordância numa quantidade um pouco acima do que se poderia deixar passar.
Claro que autores independentes não costumam ter orçamento para uma revisão profissional, mas isso prejudica o resultado final da obra.

A autora parece ter tentado usar a linguagem para fazer uma separação entre amor e sexo na obra e, para isso, usou uma linguagem um pouco mais forte para descrever alguns atos sexuais. Pessoalmente eu não gostei muito dessa escolha.
Nota 2,0

DIÁLOGOS: A maioria dos diálogos aparece de forma correta e consegue transmitir bem a fala de cada personagem. A autora não optou por deixar a fala mais formal ou introduzir algo que desse mais vida aos personagens através dos diálogos. 
Nota 3,0

FINAL: Por se tratar de uma obra que tem continuação, as coisas não são totalmente resolvidas em Avassalador, mas todas as personagens principais terminam de forma bastante diferente da que começaram. O destino de uma das antagonistas, premiada com um encontro com uma divindade, ajudou a causar boa impressão.
O final também deixa o leitor curioso pela continuação e isso é bom.
Nota 4,0

CONCLUSÃO: Avassalador é um bom livro, com uma história interessante, uma leitura descontraída e que vai agradar em cheio quem procura um romance com muitas intrigas.

A nota final foi 3,4 e poderia ser bem melhor não fosse os deslizes com o texto.


Agora quero saber de vocês leitores se gostaram desse novo formato e como podemos melhorá-lo.

Um abraço a todos

Dan Folter!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Resenha - Fahrenheit 451 de Ray Bradbury

Olá meus amigos desinformados, tudo bem por aí?

A resenha de hoje é de um clássico, e, com ele, eu termino a leitura da grande trinca das distopias. Venha ver o que eu achei de Fahrenheit 451, de Ray Bradbury

CAPA: 


Capa da mais recente edição da Biblioteca Azul, um subgrupo da editora globo. Nela, um bombeiro sem rosto, oculto talvez pelas chamas que ele mesmo causou...

SINOPSEEscrito após o término da Segunda Guerra Mundial, em 1953, Fahrenheit 451, de Ray Bradubury, revolucionou a literatura com um texto que condena não só a opressão anti-intelectual nazista, mas principalmente o cenário dos anos 1950, revelando sua apreensão numa sociedade opressiva e comandada pelo autoritarismo do mundo pós-guerra. Agora, o título de Bradbury, que morreu recentemente, em 6 de junho de 2012, ganhou nova edição pela Biblioteca Azul, selo de alta literatura e clássicos da Globo Livros, e atualização para a nova ortografia.

A singularidade da obra de Bradbury, se comparada a outras distopias, como Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, ou 1984, de George Orwell, é perceber uma forma muito mais sutil de totalitarismo, uma que não se liga somente aos regimes que tomaram conta da Europa em meados do século passado. Trata-se da “indústria cultural, a sociedade de consumo e seu corolário ético – a moral do senso comum”, segundo as palavras do jornalista Manuel da Costa Pinto, que assina o prefácio da obra. Graças a esta percepção, Fahrenheit 451 continua uma narrativa atual, alvo de estudos e reflexões constantes.

O livro descreve um governo totalitário, num futuro incerto, mas próximo, que proíbe qualquer livro ou tipo de leitura, prevendo que o povo possa ficar instruído e se rebelar contra o status quo. Tudo é controlado e as pessoas só têm conhecimento dos fatos por aparelhos de TVs instalados em suas casas ou em praças ao ar livre. A leitura deixou de ser meio para aquisição de conhecimento crítico e tornou-se tão instrumental quanto a vida dos cidadãos, suficiente apenas para que saibam ler manuais e operar aparelhos.

Fahrenheit 451 tornou-se um clássico não só na literatura, mas também no cinema. Em 1966, o diretor François Truffaut adaptou o livro e lançou o filme de mesmo nome estrelado por Oskar Werner e Julie Christie. 

DADOS TÉCNICOS: 2012 (1953), 215 páginas, Biblioteca Azul, Ray Bradbury

RESENHA: Fahrenheit 451 é um daqueles clássicos que todos somos recomendados a ler. Também é, ao lado de 1984 de George Orwell e Admirável Mundo Novo de Audous Huxley, considerado parte da santíssima trindade da distopia. Será que é tudo isso?

Uma curiosidade é que o nome do livro se refere à temperatura da queima do papel, algo em torno de 230 graus Celsius. Outro detalhe, esse pessoal, é que morei durante toda a minha infância e adolescência numa casa com o numeral 451. Acho que é o destino...

UMA METÁFORA FORTE: Imagine um mundo onde os bombeiros não apagam incêndios, mas os provocam. Imagine agora que esses incêndios têm o objetivo de queimar os livros, esse objeto terrível e perigoso que algumas pessoas insistem em manter em suas casas.

Esse é o mundo onde vive Montag, nosso protagonista, um homem que, como a maioria das pessoas vive no automático, até um dia em que acontece algo diferente e ele desperta, começa a questionar o sistema e resolve fazer algo para modificá-lo.

UM BOM VILÃO: O capitão Beatty, homem que conhece Shakespeare de cor, é o grande vilão dessa trama. E tudo o que ele faz é desconfiar do protagonista. Não poderia ser mais simples e eficiente. Destaque também para o Sabujo, uma espécie de cachorro mecânico capaz de caçar e eliminar suas vítimas.

UMA MULHER VITIMADA PELO SISTEMA: Mildred, a esposa de Montag, é uma personagem bastante interessante, porque é através dela que entendemos como o sistema funciona, por que as pessoas abandonaram os livros e como elas se tornaram vazias. Em uma passagem, Montag pergunta a mulher quando e onde eles se conheceram, mas ela é incapaz de se lembrar, dizendo apenas que isso não tem importância.

CONTROLE:  Toda boa distopia precisa de um mecanismo de controle. Em 1984, temos a severa vigilância do governo, em Admirável Mundo Novo a felicidade proporcionada pelo Soma e em Fahrenheit 451 temos a televisão.
Lançado em 1953 o livro já previa o quanto a televisão, e depois a internet, poderia ser o mecanismo de controle perfeito, tornando a população imbecil e incapaz de perceber aquilo que realmente importa.

Durante a leitura entendemos que os livros não foram proibidos, mas rejeitados, porque nos fazem pensar, e isso nos deixa tristes. O governo nem precisa perseguir as pessoas, já que elas mesmas denunciam os seus vizinhos que têm livros para que estes sejam queimados.

Se em 1984 temos a opressão e em admirável mundo novo temos o circo, aqui temos a perda da esperança como a grande ferramenta de controle. Uma ferramenta poderosa.

GAPS NA TRAMA: A obra aqui citada foi escrita numa máquina de escrever alugada no porão de uma biblioteca. Essa história é contada pelo próprio autor no posfacio desta edição e mostra como ele era talentoso, pois conseguiu escrever uma obra dessa magnitude com pressa. Imagine o que ele teria feito com um computador...

Ele mesmo teve ciência, muitos anos depois, que haviam gaps na trama. Faltaram explicações para a motivação do vilão e para o acontecimento envolvendo a vizinha que Montag conhece logo no começo do livro. O próprio autor pensou em acrescentar esses detalhes à obra posteriormente, mas achou melhor deixá-la como nasceu, mesmo com esses pequenos defeitos.

Ele inclusive reclama, ao meu ver com razão, da chatice politicamente correta que o nosso mundo se tornou, onde grande obras como esta deixam de ser apreciadas por este ou aquele pequeno defeito.

Eu estava disposto a criticar aqui algumas partes do texto, principalmente até a metade do livro, que achei confusas, mas me rendi à explicação do autor e também resolvi elevar a nota que daria ao livro.

CONCLUSÃOFahrenheit 451 é uma daquelas obras que deveria ser indicada para leitura em escolas, pois precisamos parar e pensar um pouco mais ao invés de seguir o fluxo, coisa que acontece em demasia nos dias atuais.

É uma leitura bastante rápida e mais fácil de se concluir do que os seus pares citados aqui.

Nota 5,0 no Skoob porque os clássicos merecem respeito!

Leia se você quer sair dessa imobilidade, melhorar o seu senso crítico e ainda se divertir.

Não leia se você for um chato e só estiver à procura de defeitos.


Abraços

Dan Folter

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Crônica - Um pouco de água

Recentemente tenho tido o privilégio de trabalhar de casa, com a literatura e suas subdivisões, para alegria imensa do meu cachorro.

Isso significa que agora o telefone e a campainha são duas formas de ver o trabalho ser constantemente interrompido.

Ao telefone as cobranças. Não por mim, mas pelos antigos donos (vários) que estão devendo por aí, fazendo o aparelho tocar nas horas mais impróprias... tipo número 2.

A campainha é menos impessoal; são vendedores, religiosos, pedintes e aqueles que tem "oportunidades" para nos oferecer.  A maioria deles acaba dispensada pela janela mesmo, a não ser aquele senhor que passa vendendo mandioca e alface de uma horta própria.

Mas numa manhã qualquer, um homem tocou a campainha. Ele trazia uma garrafa pet nas mãos. Fazia um calor considerável, mais de onze da manhã. O seu pedido? água!

Naquele momento me vi em uma situação complicada: como negar água a um outro ser humano? Mas eu estava sozinho em casa, ele poderia saber disso, poderia ser um golpe, poderia ser um bandido que se aproveitaria da minha bondade para me roubar ou coisa pior.

Pensei em passar a garrafa entre as barras do portão, mas são estreitas demais. Meu corpo tremia entre o medo e a vontade de ajudar.

Abri o portão, peguei a garrafa correndo, tranquei o portão e a abasteci na torneira. Senti a garrafa quente. A água dos canos estava aquecida pelo calor. Joguei-a nas plantas, peguei outra da geladeira e transferi para a pet, metade da água se perdia na minha tremedeira.

Voltei ao portão, garrafa em mãos, não mais vi o homem. Mais medo. Ele se sentara na calçada. O chamei. Ele pegou a água, agradeceu e foi embora.

E eu voltei para dentro desejando viver em um mundo onde possamos dar água para um estranho sem que sintamos medo...

YouTube - Resultado do sorteio de 100 inscritos no canal

Resultado do primeiro sorteio do canal. Confere lá se você foi a(o) vencedor(a) ou se inscreva para participar dos próximos.







Abraço!



Dan Folter