sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Retrospectiva 2016, conto em Inglês e livro grátis

2016 está (finalmente) chegando ao final.



O ano que foi desastroso para muita gente não foi exatamente ruim para este que vos escreve.

Depois de passar um 2015 difícil, lidando com o fantasma do desemprego, iniciei uma carreira como professor de inglês e como redator freelance. Se os vencimentos não são altos, pelo menos não está faltando nada.



Mas 2016 também foi um ano em que realizei um dos meus grandes sonhos; publicar o primeiro livro!
Já havia publicado alguns contos em e-book, mas não é a mesma coisa. A alegria ao abrir a caixa e ver o seu livro, realizado, é até difícil descrever.
O Mistério de Boa Esperança acabou me servindo de uma forma inesperada. Graças à ele, conheci ou revi muitas pessoas durante o ano.


 Estive em quatro eventos promovendo o livro pessoalmente, mas também fiz contato com leitores, outros autores, blogueiros...
Se ainda não consegui rever o valor investido no livro (sim, não foi de graça), não há como precificar as novas amizades ou os velhos amigos que revi graças a esta obra.


Após lançar o livro, veio a hora das críticas. Por mais que o autor ache que fez um bom trabalho, é a opinião dos leitores que conta. Me deixa muito feliz saber que os leitores estão apreciando a obra e que muitos não conseguem parar de ler.  
No skoob, a nota está num excelente 4,6! Não deixe de avaliar também:

Para agradecer e para promover outra das minhas obras, aviso que Natureza Humana, uma história que ainda não consegui fazer embalar (e que deveria estar de capa nova, mas atrasou) estará de graça para download amanhã, 31/12/2016.
Para baixar o seu, use o link: Natureza Humana


Também precisamos comemorar o crescimento do blog em 2016. Com esse, foram 82 posts contra 30 em 2015. Isso gerou um crescimento no número de acessos e de seguidores. 

Saímos de uma média de 10 acessos diários para 30 na metade do ano e alcançamos 150 acessos por dia nos últimos dois meses. Obrigado a todos que passam por aqui para conhecer nossas obras, resenhas e crônicas.  



Assim como o blog, as redes sociais também cresceram muito no ano que está terminando. Até o dia de hoje, a página de autor no Facebook Dan Folter - Autor criada durante o ano alcançou 169 curtidas.

O twitter que era @desinformadoss virou @DanFolter e já chegou a 139 seguidores. Parece pouco, mas ano passado eram cerca de 50...

Outra boa notícia veio do wattpad. A minha obra Assexuado, um conto de terror publicado a cerca de um ano atingiu a excelente marca de 500 leituras. O conto esteve por várias vezes entre os mais lidos da plataforma em sua categoria e a resposta dos leitores tem sido muito positiva.

O conto pode ser lido de graça. Basta acessar Assexuado #wattpad




E para terminar, comunico que 2017 será um ano agitado para nós. Começo publicando a versão em inglês de "Um Autógrafo de Senna" pela Amazon.

A versão em inglês denominada "A Senna's Autograph" já está disponível. Para comprar, basta seguir o link: https://www.amazon.com.br/dp/B01N0W4PHK
(meu alunos de Inglês, podem comprar e ler hein!!!!)

Para 2017 pretendo organizar o lançamento de meu segundo livro, chamado "Um Poema de Guerra", além de outras obras menores. O conto "Vítima da Sociedade" já está em fase final e deve ganhar a vida em e-book em Janeiro.

Obrigado a todos que nos acompanharam durante esse ano. Nos vemos em 2017!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Minha Fuga Da Realidade: [Resenhando] O Mistério de Boa Esperança

As resenhas sobre O Mistério de Boa Esperança continuam saindo.

Dessa vez foi o blog "Minha fuga da realidade"

Eles disseram: "Os capítulos curtos e a escrita fluida fazem com que você queira desvendar o mistério de uma vez por todas"

Minha Fuga Da Realidade: [Resenhando] O Mistério de Boa Esperança: Páginas: 248 Sinopse:  Estranhos desaparecimentos estão acontecendo na pequena cidade de Boa Esperança da Serra. Primeiro foram os ani...

E você vai ficar fora dessa? Compre já o seu:
Direto com o autor: www.facebook.com/danfolter
Martins Fontes: http://www.martinsfontespaulista.com.br/misterio-da-boa-esperanca-o-531104.aspx/p
Chiado Editora: www.chiadoeditora.com/livraria/o-misterio-de-boa-esperanca
Livraria Cultura: http://www.livrariacultura.com.br/p/o-misterio-de-boa-esperanca-46355217?id_link=8787&adtype=pla&gclid=CPSg1suFl9ECFU07gQoduDMDMw
Travessa:http://www.travessa.com.br/o-misterio-de-boa-esperanca/artigo/607389A9-69B6-48D9-808D-E84E4C09183F?pcd=041&gclid=CLPCqKSFl9ECFUcvgQodsVAPjQ

Dan Folter!

sábado, 24 de dezembro de 2016

Resenha - Vítimas da obscuridade de Marcio Zanini

Olá desinformados!

A resenha de hoje é sobre um livro independente. Vítimas da Obscuridade de Marcio Zanini chegou às minhas mãos através de alguma promoção da Amazon. Estava de graça, então resolvi ler.
Infelizmente não foi uma boa experiência.


Capa: Um dos poucos pontos altos do livro é a capa. Totalmente em sintonia com a história, passando o terror que o autor gostaria que a trama tivesse.

Independência não é desculpa: Estou acostumado a encontrar erros de revisão e digitação em livros nacionais. O serviço de revisão é caro e inacessível à maioria dos novos autores, principalmente os que se aventuram em plataformas como o Wattpad ou a Amazon.
O Wattpad é perdoável, mas quando um autor coloca seu livro na Amazon e gera um ISBN, ele precisa levar o livro a sério.

Rascunho: Vítimas da Obscuridade parece um original, não um livro pronto. A quantidade de erros de português é assustadora.
O autor tem dificuldades com conceitos básicos da língua como usar o plural. Encontrei "as escada" três vezes durante a história, o que prova não ter sido erro de digitação.
Concordâncias de gênero, vírgulas, pontuações e outros itens básicos estão espalhados pela obra, claramente não revisada.

Confuso: A dificuldade do autor em expressar com palavras suas ideias acaba prejudicando a história. O livro varia de ritmo, começando extremamente lento e ficando rápido de uma hora para a outra. Precisei reler várias vezes algumas passagens para compreender o que o autor tentava dizer.

A trama: A trama tem lá seus atrativos. É um terror sobrenatural e até instiga a curiosidade em alguns momentos. Os começo é bem lento e passa uma ideia errada do que vem à seguir, quando a história passa a ficar um pouco mais interessante.
Infelizmente, a falta de habilidade em transcrever a história estraga a experiência da leitura.
O autor tenta colocar umas reviravoltas, principalmente no final, mas estraga o que podia ter ficado bom com um final completamente sem sentido.

Reprovado: Uma estrela no Skoob e tempo desperdiçado. No nível apenas para o wattpad.


quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Resenha - Inverso de Karen Alvares

O Natal está chegando e por isso vamos fazer uma resenha especial hoje. Vamos falar de Inverso da escritora brasileira Karen Alvares, publicado pela editora Draco.

Capa: 

Uma capa que cumpre bem o seu papel de vender a história. Há nela vários elementos que encontraremos no livro como a garota meio oriental, água e espelhos. Gosto também por fugir de alguns clichês.

Resenha: Comprei esse livro na bienal de São Paulo, mas como a fila é grande, só consegui lê-lo no final do ano. É um livro de leitura rápida e fácil. Pequeno, com letras grandes e ritmo acima da média.


Teen, mas sem "mi mi mi": Muitos torcem o nariz quando ouvem a palavra adolescente. Já imaginam aquela história de uma personagem fútil em algum romance sem muita graça. Inverso não tem nada a ver com isso.
Megan é sim uma adolescente sim e, como esperado, cheia de problemas, mas a questão aqui é a experiência ao perder a mãe, vítima de um câncer.
Logo nos primeiros capítulos somos levados a compreender como funciona a relação de Megan com sua família e com seu melhor amigo Daniel.

Esse é um dos pontos altos da história. Megan é um personagem bastante tridimensional, assim como seu pai, irmã e o amigo.

Identificação: Quando lemos um livro, buscamos nos identificar nos personagens, por isso livros para adolescentes tem protagonistas da mesma idade, livros para mulheres focam em protagonistas femininas, etc.
É aqui que Inverso ganha muitos pontos. Megan se vê diante de outro mundo, onde sua vida tomou outro rumo, onde pode exercitar o famoso "e se?" e essa é uma realidade inerente a qualquer ser humano.
Mesmo um homem de 37 anos como eu pode se identificar com o problema de Megan. A autora sobre utilizar o melhor da fantasia e da ficção que é falar da nossa vida através da história.

Água e referências: Destaque para a metáfora da água que a autora usou para descrever a luta constante entre protagonista e antagonista. Um recurso que causou entendimento instantâneo da ideia.
Legal ler um livro que se passa no Brasil, na cidade de Santos e como algumas referências ao mundo pop e literatura em geral. Enriqueceu bastante.

Vai e vem: O livro é muito bem escrito e revisado. Não encontrei nenhum erro ortográfico ou de digitação. Belo trabalho da Draco e da autora.
O que me incomodou um pouco do meio para o final do livro foi a quantidade de repetições dos nomes da personagem principal e da sua contraparte. Entendo que a autora usou o recurso para o leitor não se perder, mas acho que passou do ponto.

Não acabou? Não! O problema principal da história não é resolvido em Inverso. Existe apenas uma solução claramente temporária e a definitiva deve estar em Reverso, continuação da obra. Eu, que prefiro livros que acabam ao invés de séries, lerei o próximo para saber onde isso vai dar...



Só 4 estrelinhas? Inverso é um livro muito bom, de leitura fluida e prazerosa. Mas não é um clássico. Quem conhece as minhas resenhas, sabe que para ganhar essas 4 estrelas, o livro tem que ser muito bom mesmo. E Inverso é muito bom, mas não é "Os Pilares da Terra"

Espero que tenham gostado dessa resenha. Deixem suas opiniões nos comentários abaixo ou nas redes sociais.

Dan Folter!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Resenha - Remetente N15 por vários autores

Olá Leitores desinformadoss!

A resenha de hoje é de mais uma obra nacional. Obra lançada em conjunto por vários autores pela editora Letras e Versos

Capa: 

Uma boa capa, com imagens que instigam a curiosidade do leitor e apontam para o fato de existirem cartas na obra.

Sinopse: Um investigador encontra 14 cartas com algo em comum: seus remetentes estão desaparecidos. 
Mas ainda há mais um. 
Quem será o Remetente N.15? 
A cada carta, um novo autor.

Resenha: Quando pego um livro nacional para ler, sempre torço para que seja muito bom. Quando isso acontece, significa que a literatura nacional, tão desvalorizada, não deve em nada para a internacional, então faço um esforço para gostar.
Só que esse livro não me conquistou...

Uma boa ideia: Um dos problemas que costumo ver em coletâneas de contos é a falta de homogeneidade. O autor A faz um trabalho excelente enquanto o autor B faz um trabalho mediano e o C um trabalho ruim.
Quando vi que as cartas estavam interligadas esperei que os capítulos conversassem entre si de alguma forma, que houvesse uma ligação entre eles. Essa ligação até existe, mas só aparece no final e de forma não convincente. Ficou só na boa ideia.

Difícil de virar a página: A premissa é a de que alguém colocou um anúncio no jornal oferecendo ajuda. Para consegui-la, conte o seu problema.
E é aí que dificulta. Imagine ler 14 cartas de gente reclamando o quando suas vidas são miseráveis, num "mi mi mi" interminável em troca da suposta ajuda. Imagine ainda que algumas partes não tem coesão alguma e as páginas (mesmo virtuais) começam a ficar cada vez mais difíceis de virar.
Só não desisti da leitura por curiosidade sobre o final.

Gosto duvidoso: Alguns relatos buscam chocar o leitor (ou convencer o suposto ajudante) com cenas de gosto extremamente duvidoso. Para não dar spoiler citarei apenas as palavras estupro e incesto e você continua por sua conta e risco.

O que salva: Não vou comentar conto por conto como fiz em "Estranha Bahia" porque não quero denegrir o nome de possíveis bons autores em virtude deste trabalho abaixo da média. É perceptível a qualidade literária de alguns deles, mas o trabalho conjunto não deu liga.

O final que salvaria: Me arrastei até o último capítulo para descobrir a ligação entre aquelas cartas e foram duas decepções:
O último capítulo apresenta uma conexão sim, mas ela é decepcionante. Para piorar, a versão digital em que li apresentou um problema técnico justamente no último capítulo. Não dava para ler o lado direito das páginas, ocultando várias palavras e dificultando o entendimento.

Só duas estrelinhas: História sem pegada, cenas de gosto duvidoso, leitura sem ritmo e um problema técnico no final. Isso se perdoarmos os vários errinhos de revisão, tão comuns em livros brasileiros.
Só recomendo se você conhecer algum dos autores e quiser dar uma força.
Levou duas estrelas no skoob com dor no coração, pois eu queria muito ter gostado.

Até mais!

Dan Folter!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Resenha - Star Wars - Herdeiro do Império de Timothy Zahn

Saudações leitores.

Já fazia um tempinho que não saia resenha aqui no desinformadoss, mas é por alguns bons motivos.

A correria da vida é claro, mas, especialmente o livro que vos trago hoje:



Star Wars: Herdeiro do Império (Trilogia Thrawn #1)



Capa: 

A imagem da capa faz jus à edição lida por mim. Comprei o livro que tem 404 páginas em sua versão original em inglês (afinal professor de idiomas precisa se aprimorar) e isso fez com que a leitura, apesar de prazerosa, fosse um tanto lenta.

Resenha: Cheguei a esse livro após ouvir elogios rasgados em um episódio do podcast Ghost Writer e resolvi arriscar. Conheço o universo de Star Wars pelos filmes (assisti todos), mas não havia me aprofundado em seu universo expandido.

Aqui vai o primeiro alerta para quem pretende ler o livro: Só o faça se você já for iniciado no universo do cinema. A obra se passa logo após o filme "O retorno de Jedi" e tem muitas referências ao que aconteceu no cinema. Sem isso, fica complicado entender o livro.

Trilogia sim, mas sem cortes abruptos: Algo que me irrita em livros com sequências são os cortes. Prefiro livros que tem começo, meio e fim como este, mas deixem um gancho para a continuação, assim, ninguém fica com a sensação de ter lido apenas "meio" livro.

Fiel às origens: Todos os personagens de Star Wars foram retratados com precisão. Nada de novas versões de ninguém, os fans podem ficar tranquilos que Timothy Zahn sabia muito bem o que estava fazendo. Para os mais aficionados, vale prestar atenção como ele representa bem todas as naves que rebeldes e império utilizam, mostrando muito conhecimento do universo.

Um grande vilão: Marca constante em Stars Wars (fora o Kilo Ren) o vilão (Almirante Thrawn) é um excelente personagem. Um gênio tático, calculista e que mete medo em seus subordinados. E isso engrandece muito a história, além de nos deixar curiosos quanto a seus próximos passos.

Legends, mas nem tanto: Após a compra da franquia pela Disney, este e outros livros considerados antes como parte do universo regular foram "rebaixados" à legends. Isso significa que os acontecimentos aqui narrados não influenciam no que será visto no cinema, na cronologia regular, embora vários fatos vistos no sétimo filme da franquia tenham sido inspirados nele.
Temos uma princesa Leia grávida de gêmeos, por exemplo, enquanto vive um casamento não muito estável com Han Solo.
Lembra alguma coisa ?

Nota máxima: Um livro que tem tudo o que um fan de Star Wars espera, bem escrito e muito bem fechado. Com personagens fieis e descrições magnificas. 5 estrelas e recomendação para todos os fans da franquia.

sábado, 10 de dezembro de 2016

Resultado do sorteio de um "O Mistério de Boa Esperança" autografado


E saiu o ganhador do sorteio promovido por nós em conjunto com o blog Leitura Descontrolada

E a vencedora foi: Dayane B. R. Silva de Patrocínio - MG.

Ela vai receber em casa um exemplar do livro autografado e sem nenhuma despesa adicional.

Aproveito para agradecer à Michele do Leitura Descontrolada por nos ajudar a promover e a divulgar esse sorteio.
Agradeço também a todos que participaram e mostraram interesse pela obra.

Dan Folter!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Resenha de O Mistério de Boa Esperança por Paty Bookaholic


E as resenhas de O Mistério de Boa Esperança não param de sair.

Dessa vez foi o pessoal do blog Paty Bookaholic que resenhou o livro.

Para saber o que eles acharam, clique aqui

E não deixe de adquirir o seu exemplar dessa história.
Quem leu, adorou!

Dan Folter!

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Uma Amante Literária resenha O Mistério de Boa Esperança

E saiu mais uma resenha super legal sobre O Mistério de Boa Esperança.

Dessa vez pelo blog "Uma Amante Literária"


Para conferir o que eles acharam, clique aqui: Resenha

Agradecimentos especiais para a Rayanni por nos dar essa oportunidade!

Dan Folter!

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Sorteio de O Mistério de Boa Esperança autografado

Quer ganhar um exemplar de O mistério de Boa Esperança?

Autografado pelo autor?

Então confira essa promoção feita pelo Desinformadoss em parceria com o blog Leitura descontrolada


Para concorrer, basta seguir os seguintes procedimentos:
- Curtir a página do Facebook Leitura Descontrolada: Leitura Descontrolada
- Seguir o twitter do desinformadoss: @desinformadoss
Validar a participação no sorteio clicando em QUERO PARTICIPAR: AQUI
Seguir os blogs Desinformadoss e Leitora Descontrolada via Google Friend Connect (GFC, basta clicar em SEGUIR como mostra a imagem abaixo em ambos);



Boa Sorte!

domingo, 20 de novembro de 2016

Resenha - Brutal de Luke Delaney

Dia de resenha aqui no desinformados. Vamos saber um pouco mais sobre a obra Brutal - Detetive Sean Corrigan # 1  do autor inglês Luke Delaney.

Capa:

Com uma imagem bastante abstrata, dá bastante destaque aos nomes do livro e do autor. Não me chamaria atenção em uma livraria.

Sinopse: O que levaria alguém a golpear outra pessoa na cabeça e, na sequência, esfaqueá-la 77 vezes? O garoto de programa Daniel Graydon jamais imaginaria que encontraria tamanha perversão nos clientes com quem saía. Mas viu seu fim se aproximar ao ir contra sua regra de ouro: nunca levar os homens para casa. Seu parceiro sexual e algoz, porém, tinha algo de sedutor e era difícil recusar a proposta de uma noite regada a sexo, e muito bem paga. Daniel tornara-se apenas uma das vítimas de um personagem sombrio, cuja pulsão pela morte o levava a matar com regularidade e método. Cada morte representando um passo adiante no aperfeiçoamento da macabra arte de tirar vidas: cruel, dolorosa, limpa e sem pistas. Um desafio para a polícia de Londres e sua divisão de Crimes Graves do Grupo Sul, liderada pelo atormentado detetive-investigador Sean Corrigan.

Resenha: Esse livro caiu em minhas mãos graças à uma promoção à custo zero e, por isso, resolvi dar uma chance a ele apesar de nunca ter ouvido a respeito do autor.
É uma história de suspense policial que tenta, mas não consegue ser um Thriller.
O autor foi policial em Londres e isso o qualifica a fazer descrições bastante detalhadas sobre os crimes apresentados e sobre a geografia londrina. Ele apostou em cenários bem confortáveis para montar a sua trama.

Detetive clichê: Abusado pelo pai durante a infância, Sean Corrigan desenvolveu uma espécie de intuição sobrenatural que o permite enxergar o que outros policiais comuns não conseguem. Esse clichê tira um pouco do brilho do detetive.
Outro fator que me incomodou foi ele parecer muito mais velho do que realmente é. O autor deixa claro ser um homem de menos de quarenta anos, mas suas atitudes parecem de alguém próximo dos cinquenta.

Trama: Foi bom ler um livro que não está totalmente em primeira pessoa ou que usa flashbacks o tempo inteiro como parece ter se tornado moda ultimamente. A história é narrada ora pela visão do assassino em primeira pessoa, ora pela visão do detetive em terceira pessoa.
Essa alternância é bastante interessante e torna a leitura fluída.

Detetive paranormal: Justamente por vermos as duas perspectivas, sabemos o que aconteceu quando o detetive chega a cena do crime e me incomodou como ele adivinhava com exatidão todos os passos do assassino. Fato sempre justificado por sua infância terrível.
Não me convenceu. Ser violentado pelo pai na infância não me parece motivo plausível para "entrar" na mente de criminosos especiais.
Alguns capítulos chegavam a ser repetitivos pelo fato de o detetive descrever novamente tudo o que o criminoso havia feito páginas atrás.

Reviravoltas: Cheguei ao meio do livro um tanto desanimado, pois acreditava ter achado a solução para a história, algo a ser evitado em livros desse tipo, mas, na parte final, há uma reviravolta bastante interessante na trama e me descobri completamente enganado pelo autor. Apesar desse grande ponto positivo, fiquei com a sensação de que ficaram pontas soltas.

Avaliação: Se houvesse a possibilidade de usar meia estrela no Skoob seria bom, pois esse livro mereceria um 3,5. Como não dá para fazer isso, arrendondamos para 4 devido as descrições muito detalhadas e ao trabalho que o autor teve para montar a trama.
Esse livro é o primeiro de uma série com o detetive Sean, mas não sei se leria outros livros, pois ele é justamente o elo mais fraco da obra.
Recomendado apenas para fãs do gênero policial

E vocês, já leram esta ou outras obras do autor? o que acharam? Deixem seus comentários abaixo:

Abraços
Dan Folter!

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Dan Folter em entrevista para o blog "Virando Amor"


O pessoal do blog "Virando Amor" me entrevistou recentemente e o resultado da nossa conversa pode ser conferido abaixo:

Entrevista

Foi um bate papo muito divertido onde comentei um pouco mais sobre as minhas obras, inspirações e sobre os futuros lançamentos.

Agradeço à Carol Mendes que tem sido muito atenciosa comigo e com minhas obras.

Dan Folter!

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Sonho Metálico resenhado por Leitora Descontrolada


E tem mais resenha na área!

Dessa vez, o blog http://leitoradescontrolada.blogspot.com.br/ resenhou Sonho Metálico.

Tenho um carinho especial por esse conto, já que foi o primeiro que publiquei e tenho planos de transformá-lo em um livro completo um dia...

Bora ler a resenha: http://leitoradescontrolada.blogspot.com.br/2016/11/resenha-sonho-metalico-dan-folter.html

E depois adquira o conto aqui: Sonho Metálico por apenas R$ 1,99.

Até +
Dan Folter

domingo, 13 de novembro de 2016

Crônica - Peça por favor

Durante quinze anos trabalhei no chamado "mundo corporativo". Empresas abarrotadas de mesas e pessoas tentando conseguir o sustento para as suas famílias.

Em todos esses lugares, uma figura sempre me causou simpatia, a "tia da limpeza".
Formada em sua maioria por mulheres de mais idade, renda baixa e coração grande, elas costumam estar no grupo das amizades mais sinceras que o ambiente competitivo do trabalho pode proporcionar.

Enquanto as outras pessoas vem e vão de forma seca, rude e apressada, elas se esgueiram pelos cantos da empresa, limpando a sujeira que produzimos, arrumando as mesas que bagunçamos, colocando café fresquinho para nosso deleite.
Infelizmente, o seu humano e sua divisão de classes acredita que o fato de elas estarem sendo (mal) pagas para realizar essas tarefas tão importantes nos dá o direito e comandá-las ao nosso bel prazer.

"Fulana! Tire o lixo da minha sala! - diz o chefe acreditando estar desperdiçando parte do seu precioso tempo ao comandar outro ser humano a fazer aquilo que é sua obrigação.

Faria mal pedir por favor?

Recentes acontecimentos me levaram a relembrar a importância desse "por favor". Estava eu aguardando meu "fanáticos por bacon" em uma lanchonete Burguer King e dedicava o meu tempo a analisar o trabalho do rapaz que entregava os lanches:

Em pé, cheirando à gordura e recebendo um salário ridículo, ele era constantemente pressionado pelo monitor que mostra os pedidos a serem montados. Em segundos, as cores na tela vão do verde para o amarelo e do amarelo para o vermelho, fazendo-o notar que precisa ser "ainda" mais rápido.

No balcão, clientes emburrados seguravam seus tíquetes e monitoravam o trabalho da rapaz para garantir que ele não respirasse entre um lanche e outro.

Eis que, num dado momento ele entrega um lanche e se prepara para montar o próximo quando uma mulher o chama. Ela diz:

"Moço!  Ketchup" e emburra um pouco mais por ele demorar mais do que dois segundos em cumprir a sua obrigação. Ele nem espera pelo obrigado que não vem. O monitor está vermelho e piscando.
A mulher deixou a lanchonete, provavelmente se sentindo mal atendida.

Não importa se a pessoa recebe dinheiro por qualquer que seja o trabalho por ela desempenhado. Com apenas um pouquinho mais de educação, já poderíamos fazer o dia de cada trabalhador, incluindo o nosso, um pouco menos miserável.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Tarde de autógrafos de O mistério de Boa Esperança em São Paulo

Demorou, mas saiu!

Dan Folter, Chiado Editora e Livraria Martins Fontes convidam a todos para o evento tarde de autógrafos com o autor do livro "O Mistério de Boa Esperança".

Vamos bater aquele papo legal sobre literatura e qualquer outro assunto que vier à mente.

Traga o seu livro para autografar ou adquira o seu no local.

O evento será no dia 4 de Dezembro de 2016 das 15:30 as 18:30.

É um domingo, dia bastante tranquilo para dar uma passadinha por lá.

A Martins Fontes fica na Avenida Paulista, 509, São Paulo.

Para mais informações, adicione o evento ao seu facebook: https://www.facebook.com/events/573679489498488/

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Leituras Compartilhadas: O mistério de Boa Esperança, de Dan Folter - Chiad...

E saiu mais uma resenha super legal sobre O Mistério de Boa Esperança.



Dessa vez, foi o blog leituras compartilhadas que conferiu (e gostou) dessa obra escrita com tanto carinho.



Mas chega de enrolar. Confira o que eles disseram no link abaixo:



Leituras Compartilhadas: O mistério de Boa Esperança, de Dan Folter - Chiad...: O mistério de Boa Esperança Autor: Dan Folter Chiado Editora Ano: 2016 Número de páginas: 248 Skoob Cortesia do autor. O ...

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Resenha - Estranha Bahia - Vários autores

Sinopse"Estranha Bahia" é uma antologia inspirada nas revistas pulp. De forma pioneira, apresentamos contos de terror, fantasia e ficção científica com ambientação na Bahia. São histórias de maior fôlego, algumas sendo noveletas. As abordagens são bastante variadas. Misturam suspense, drama, policial, comédia, aventura e romance. Fugindo dos clichês e estereótipos, esta é uma Bahia das sombras, da luz, do maravilhoso e do bizarro.

Estranha Bahia é um daqueles livros que chegou às minhas mãos por acaso. Alguém o colocou em promoção da Amazon e resolvi adquirir o e-book. A leitura acabou por demorar um pouco mais do que eu gostaria, mas não por culpa do livro, mas sim porque ladrões roubaram meu tablet e acabei lendo pelo celular.

Capa:

É difícil fazer uma capa que represente bem a obra, já que são histórias bastante diferentes, apenas com o estado da Bahia em comum. A arte é bonita e tenta passar a ideia de sobrenatural que norteia a obra.

Resenha: Como cada autor tem seu estilo e as histórias não são homogêneas, vou falar um pouco de cada conto, na ordem em que estão no livro.

Raças - Ricardo Santos: Conto narrado sobre o ponto de vista de um policial que se envolve numa aventura extra e se depara com o sobrenatural. Escrito em primeira pessoa, tenta mostrar um personagem principal meio "malandrão".
Um conto bem escrito, mas com uma história que não me empolgou. É bem feito, mas a trama não me gerou grande interesse. Nota 3.

Canudos XXI - Isabelle Neves: Um história de vida e morte, maldições e história, raízes e atualidade. Tudo acompanhando a sina de um garotinho jogado em um turbilhão por algo acontecido no passado. Aqui o terror e o sobrenatural foram bastante convincentes.
É uma história bem trabalhada, com capítulos, está mais para novela do que conto. Nota 5.

Joel das Almas - Evelyn Postali: Joel é um homem que ousou estar no limiar entre dois mundos. O dos humanos e o dos demônios e, para isso, ele conta com a proteção de dois panteões diferentes, afinal a Bahia é um lugar multicultural e isso foi bem explorado pelo autora. Apesar disso, esperava um final mais apoteótico. Muito bem escrito. Nota 4.

O profeta do 666 - Tarcísio J. da Silva: Se você gosta de filmes de terror clássicos, com muito sangue, sexo e criaturas profanas, esse é o seu conto. Um homem num quarto de hotel amaldiçoado (Olá Stephen King) obrigado a escrever tudo o que vê.
Uma leitura fluída e divertida, com ênfase nas descrições. Nota 4.

Enterrados a Respirar - Alexandre Cthulhu: Esse conto me pareceu meio forçado para o tema do livro. A história toda se passa em Portugal e muito pouco a liga à Bahia. Não me estranharia se tivesse sido levemente alterada para entrar na coletânea.
Apesar disso, me diverti muito com a escrita no português de Portugal, algumas vezes difícil para nós brasileiros, mas me decepcionei um pouco com a forma como as coisas se resolvem. Faltaram surpresas e clímax. Nota 3.

Em busca da Disgraça da Pedra Azul - Cristiane Schwinden: Este foi, disparado, o melhor conto dessa coletânea para mim. Isso porque a autora conseguiu me transportar para Salvador. Tanto a linguagem das personagens, cheias de regionalismos, como as descrições de locais tradicionais da cidade funcionaram de forma mágica, me fazendo imaginar a cidade e enxergar através dos olhos da escritora.
O casal também é encantador e você torce por eles. Tudo de forma muito divertida e dinâmica.
Nota 5.

Quibungo - Rochett Tavares: Esse foi o conto que menos me agradou no livro. O autor é competentíssimo, usando uma linguagem muito boa e deve ter feito um imenso trabalho de pesquisa devido ao conhecimento demostrado sobre mitologias, geografia e costumes.
Só que a função de uma história é divertir e essa não me divertiu. Os personagens eram muito reflexivos e a trama parecia dar voltas e não ir a lugar algum.
Talvez eu não tenha compreendido a intenção do autor, mas, para o meu gosto, não funcionou. Nota 2.

Foi uma ótima ideia ler essa coletânea, pois me colocou em contato com a obra de alguns escritores dos quais já havia ouvido falar e me interessei por mais do trabalho de alguns deles. É um livro que merece uma chance e você pode ter impressões bem diferentes das minhas, afinal, gosto pessoal não se discute.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

As 1001 Nuccias: [Traça Literária] [Entrevista] - Dan Folter!!!

Recentemente se completou um ano desde que publiquei o primeiro conto pela Amazon. Sonho Metálico abriu as portas para esta carreira literária, um sonho que, aos poucos, vai se tornando realidade.



Vieram outros contos, a primeira novela e, finalmente o primeiro livro.

Publiquei no wattpad, estive na Bienal e em outros eventos literários.



A emoção de ver alguém pedindo por seu autógrafo é uma sensação difícil de descrever, mesmo para um escritor rsrsrs.



Agora chegou a vez da primeira entrevista. O blog As 1001 Nuccias saiu na frente e foi o primeiro (espero que de muitos) a nos entrevistar.



Confira abaixo o que dissemos sobre a criação das obras, processo de escrita e projetos futuros





As 1001 Nuccias: [Traça Literária] [Entrevista] - Dan Folter!!!: Olá amores ❤ Hoje temos  Entrevista com Dan Folter,  autor de Natureza Humana e O Mistério de Boa Esperança !!! Eu sou a Ingrid...



Grato



Dan Folter

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Resenha - Poliana de Eleanor H. Porter

Hoje é dia de resenha no desinformados. Falaremos do livro Poliana, escrito pela escritora norte americana Eleanor H. Porter (D.E.P.) e cuja edição lida foi publicada no Brasil pela editora nova fronteira.


Sinopse:  Quando da morte de seu pai, Poliana, a menina de 11 anos, que já era órfã da mãe, vai morar com sua tia Paulina, uma solteira rica, severa e pouco afetuosa. Mas a vida da pequena cidade de Beldingsville vai mudar com a chegada deste pequeno anjo, que se tornou a própria personificação do otimismo na literatura ocidental. Poliana nunca deixa de praticar, o seu jogo preferido, que o pai lhe ensinou - O Jogo do Contente - na tentativa de sempre se posicionar de maneira positiva em situações ruins, e tristes.


Capa:


Antes de reclamar que a capa é feia ou simplória, quero fazer uma observação interessante sobre o livro. Resolvi comprar um para dar de presente para uma afilhada, mas também tenho um afilhado e queríamos dar a ele o mesmo presente. Algumas capas com a foto de uma menina ou detalhes muito femininos acabam afastando a obra dos meninos, (é preconceito, eu sei), mas essa capa fez o serviço sem criar problemas.

Resenha: Um livro que deveria ser trabalhado em escolas devido à sua universalidade. Os fatos tratados aqui continuam relevantes após um centenário de seu lançamento. A linguagem simples e o tamanho diminuto de páginas é um ótimo iniciador à leitura para crianças.
Mas vamos à opinião de um adulto que se aproxima dos 40...

Bem melhor que a encomenda: A maioria das opiniões por mim ouvidas anteriormente classificava Poliana como "livro de menininha" e isso me fazia imaginar que explorava temas puramente femininos. Não seria um fator de impedimento, embora o termo usado me passasse a ideia de superficialidade.
Ao me deparar com a leitura, fui rapidamente envolvido pela trama e pelas situações propostas pela autora. A menina Poliana é muito mais do que uma criança e seu joguinho inocente, ela é uma transformadora de vidas.

A história: Poliana é uma órfã que, adotada por uma tia rica, imagina que terá uma vida maravilhosa pela frente. O que ela não contava é que a tia fosse uma pessoa amargurada e distante, que, se não a maltrata, também não faz muito para ajudar.
Aos poucos, a menina faz amizade com vizinhos e os criados da casa, vários deles pessoas com problemas que a menina ajuda a serem encarados de forma mais positiva, assim como ela faz com a própria vida.

Fábula: A obra tem a clara missão de trazer otimismo. De mostrar como nos atemos a bens e valores, deixando de lado os prazeres simples da vida. Ao contrário do que pode parecer a mensagem não é passada de um jeito piegas e a autora consegue usar a história para passar sua mensagem e não o contrário.
Também não passou uma ideia (ruim) de conformismo. Em nenhum momento o livro nos manda deixar de lutar, mas encarar positivamente o que se conquistou.

Cisco nos olhos: É impossível não se envolver com a narrativa e não se colocar no lugar de algum dos personagens e seus sofrimentos. Como lia ao ar livre, em certas horas o vento trouxe alguns ciscos intrometidos para os olhos. (Se disserem que derrubei algumas lágrimas, nego até a morte, hehehe).

Avaliação: É um daqueles livros que todo ser humano deveria ler pelo menos uma vez na vida. Me lembrou um pouco de "O pequeno príncipe" por ter encontrado ideias em comum.
Ganha 5 estrelas no Skoob com louvor.

sábado, 15 de outubro de 2016

Resenha - O Mistério de Boa Esperança por As 1001 Nuccias

Vamos conferir mais uma resenha sobre o Mistério de Boa Esperança?



Só tenho a agradecer o pessoal do 1001 Nuccias. A resenha ficou excelente, com imagens e tudo mais.



As 1001 Nuccias: [Traça Literária] Resenha [livro] - O Mistério de ...: Olá amores ❤ Hoje temos  Resenha Nacional do Livro O Mistério de Boa Esperança cortesia do nosso autor parceiro Dan Folter !!! ...

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Crônica - A importância da crítica

Ninguém gosta de ser criticado.

Quando realizamos algum trabalho, queremos receber o reconhecimento por ele. Pode ser uma promoção, um aumento de salário ou até mesmo um simples "obrigado".

Quando lidamos com a arte, o problema é ainda maior. Aquele livro, música, desenho que foi feito com tanto amor e dedicação não irá agradar a todos. Como diz a sabedoria popular: "nem Jesus agradou a todos", mas tenho reparado que as pessoas estão muito sensíveis às críticas.


Qualquer comentário que não seja um elogio é logo interpretado como arrogância, inveja ou aquele famoso: "Você não entendeu a genialidade da minha obra".

Esse é um grande problema da atual geração, criada sem ouvir a palavra não. E senti isso na pele recentemente.

Tenho publicado e lido obras na plataforma chamada wattpad. É uma ferramenta excelente, pois permite que qualquer um coloque seus escritos ali para apreciação dos outros. Infelizmente a grande maioria é de uma qualidade tão baixa que não passo do primeiro capítulo, mas, as vezes, tem coisa muito boa por lá.

O problema começa quando uma pessoa baixa uma foto de um artista da internet, coloca seu nome por cima, escreve algumas páginas e sai dizendo ao mundo que é escritor.

Li o livro de um jovem cuja história era interessante, mas escrita de forma bastante ruim, cheia de erros básicos. Ofereci ao autor o serviço de revisão do texto, já que a história era boa, se bem revisado, poderia render algo mais sério. Fui escorraçado pelo rapaz.

A justificativa dele era o número alto de leituras. Se muita gente leu, então é bom... Como se a música que vende mais ou o programa mais assistido fossem os melhores...

Ontem, dei uma chance para uma autora que foi atenciosa comigo lendo uma obra minha e quis retribuir o favor. Coloquei um comentário simples, avisando sobre a repetição de palavras e dá-lhe pancada. Dessa vez nem foi a autora, mas uma outra leitora.
Segundo ela a linguagem não é ruim, mas adequada para adolescentes... É isso mesmo. Se você não fez vinte anos, a linguagem direcionada para você é ruim pois o mundo te considera incapaz de ler algo melhor...

Fico triste. Recentemente cedi meu livro para alguns blogs. A ideia é que leiam e digam o que acharam, seja bom o mau. Preciso de críticas construtivas para ser um autor melhor. Eis que uma pessoa avaliou o livro com nota máxima antes mesmo de recebê-lo...  Entendo que a pessoa quer me agradar, talvez garantir o recebimento de outros livros de graça mas... Como confiar na opinião dela?

Qualquer crítica, desde que feita com educação e respeito deve ser aceita. Elogios são bons claro, mas é a visualização dos nossos erros que nos ajuda a crescer.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Resenha - Revival de Stephen King

Hoje é dia de resenha no desinformados. Publicado pela editora Suma de letras, falaremos de Revival do autor norte americano Stephen King.
Há muito que tinha a curiosidade de ler algo do escritor conhecido como mestre do terror e do suspense. Este é o primeiro (de muitos, espero) livro de King que leio e por isso minhas impressões sobre o autor estão restritas à ele. Fato que espero melhorar no futuro.

Sinopse:  Em uma cidadezinha na Nova Inglaterra, mais de meio século atrás, uma sombra recai sobre um menino que brinca com seus soldadinhos de plástico no quintal. Jamie Morton olha para o alto e vê a figura impressionante do novo pastor. O reverendo Charles Jacobs, junto com a bela esposa e o filho, chegam para reacender a fé local. Homens e meninos, mulheres e garotas, todos ficam encantados pela família perfeita e os sermões contagiantes.


Capa:

Quando vejo a capa desse livro, um fato me salta à mente. O nome do autor toma boa parte dela, mostrando o quanto o homem é um best seller e seu nome é mais importante que os outros itens. A princípio a capa me pareceu sem graça, embora com a leitura ela tenha passado a fazer sentido.

Resenha: Aconselho a todos aqueles que pretendem escrever que façam uma leitura desse livro. A narrativa em primeira pessoa estabelece logo nas primeiras páginas um conflito e você já está curioso para saber o que ocorre em seguida. Apesar da forma narrativa, todo o ambiente é perfeitamente descrito de forma simples e objetiva, como se o autor soubesse exatamente onde colocar cada item. É uma aula de prosa de ficção.


Mary Sheley e H.P. Lovecraft: Se você conhece esses nomes, saiba que foram influências diretas sobre King na feitura desta obra. As criaturas usadas por esses autores clássicos fazem parte da narrativa e são perceptíveis as referências a elas.

A história: Jamie Morton é que nos conta a história. E ele logo deixa claro como a presença de um homem, Charles Jacobs, mudou a sua vida (para pior, muito pior) desde que o conhecera na infância. Somos convidados a rever todos os encontros entre esses personagens e King faz questão de retomar fatos acontecidos no passado o tempo todo.
A capacidade de amarração do autor é extraordinária. É praticamente impossível encontrar uma ponta solta.
Lá pelo meio do livro o leitor começa a imaginar o que vai acontecer, mas só acaba descobrindo mesmo nas últimas páginas. King faz jus à sua fama de usar os conflitos psicológicos e ideológicos das personagens muito mais do que apresentar um grande problema, mas, quando o apresenta, é convincente.

Musical: Jamie é um guitarrista e o autor aproveitou (ou fez de propósito) essa característica da personagem para falar muito sobre a música das décadas de 50, 60 e 70. Se para o autor foi divertido, para mim, houve vezes em que incomodava um pouco. Eu queria saber para onde a história iria e ele lá, insistindo em me falar sobre a carreira de artistas de quem nunca ouvi falar.

Poderia ser mais assustador: As notas da contra capa apontavam o livro com o mais assustador escrito por King. Isso coloca nossas expectativas nas alturas e o final, apesar de bastante conturbado, não foi capaz de me deixar tão horrorizado quanto estava esperando.
O toque sobrenatural é leve e o autor deixa aquela brecha para interpretações sobre o que realmente aconteceu. Eu chutaria mais o balde, dizendo em termos leigos.

Avaliação: É uma obra muito acima da média e valeu muito te-la lido. A narrativa é fluída sem deixar de ser detalhada ou de descrever o ambiente. Ficou com 4 estrelas de 5 possíveis porque a história não é tão boa quando a propaganda feita. Provavelmente as obras mais antigas e tão aclamadas do autor sejam melhores do que essa e mereçam a estrelinha que ficou faltando aqui.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Resenha - A Batalha do Apocalipse de Eduardo Spohr

Sinopse:Há muitos e muitos anos, há tantos anos quanto o número de estrelas no céu, o Paraíso Celeste foi palco de um terrível levante. Um grupo de anjos guerreiros, amantes da justiça e da liberdade, desafiou a tirania dos poderosos arcanjos, levantando armas contra seus opressores. Expulsos, os renegados foram forçados ao exílio, e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o dia do Juízo Final.


Capa:


Resenha: Já faz alguns meses desde que li essa obra, mas não havia disponibilizado a resenha. O que é bom, já que me deu tempo para maturar a leitura.
ABDA (A Batalha Do Apocalipse) é o primeiro romance de Eduardo Spohr. Quando esta resenha for ao ar, vários outros já terão sido lançados, mas vamos voltar no tempo e pontuar sobre o primeiro lançamento do autor.
Apesar de bom, o livro tem falhas. Algumas chegam ao ponto de atrapalhar a experiência de leitura. Vamos exemplificar abaixo:

A volta dos que não foram: Se você gosta de flashbacks, ABDA é um prato cheio. O autor mistura a linha do tempo normal com várias idas e voltas. A ideia parece ser explicar as motivações por trás das ações dos personagens, mas tem hora que fica chato.
Fora que nem todos os flashbacks contribuem com a história. ABDA é um livro com 586 páginas, mas que dava pra ter fácil umas 350 ou 400.

Um novo mundo: Eduardo nos traz a uma nova mitologia, a dos anjos. Nova, porque ele criou todo um mundo de características próprias e precisou explicar com cuidado as regras que o regem.
Aqui o autor talvez tenha ficado com receio das pessoas não entenderem e foi repetitivo. Ele explica a mesma coisa várias vezes, irritando um pouco os leitores mais atentos.
Se você joga ou já jogou RPG algum dia terá a vida facilitada. Basta imaginar as diferentes variedades de anjos como classes de personagens de um RPG.

Partiu Machado de Assis: O autor foi extremamente cuidadoso com a escrita. Ele parece ter utilizado um dicionário de sinônimos para substituir certas palavras e buscou um rebuscamento do texto. Ficou um pouco artificial, apesar de muito competente e bem escrito.

Uma boa história: Apresentar todo um novo mundo cheio de personagens e ainda contar uma guerra de proporções titânicas não é tarefa fácil. Por isso, precisamos sim dar um descontinho para as imperfeições do livro e curtir a história.
Vale a pena a leitura, principalmente se você pretende ler os outros três livros que o autor lançou no mesmo mundo de ABDA.
Eduardo Spohr merece o sucesso que vem tendo e esse sucesso está fazendo com que as editoras olhem um pouco mais atenciosamente para o mercado interno.

Avaliação: 3 estrelas de 5 possíveis no Skoob. É um livro interessante, com uma história que vale a pena ser lida, mas que perdeu pontos por causa de alguns detalhes técnicos. Coisa que o autor irá tirar de letra nos próximos.