Hoje é dia de resenha no canal. E resenha de livro nacional e independente.
Bora conferir?
Capa:
Uma capa muito bonita e profissional. Chama a atenção e é 100% condizente com a história.
Sinopse: Um antigo mal renasceu...
No mundo de Enora, um exército maligno ressurgiu, formado por tudo que é mau e cruel.
Sedento por sangue, suas legiões semearam os campos com os corpos dos que ousaram enfrentá-los. No comando dessa horda, liderando suas lanças e espadas, estava o mago corrompido: Vorlak, o Profano.
Sua ira e sua cobiça fizeram espalhar um grande temor, e a simples menção de seu nome fez com que reis se curvassem diante de suas exigências. Diante de tal legião maligna, as forças da luz se mobilizaram em uma desesperada investida. O rei Arluz e seus heroicos companheiros partiram para deter as forças do mal; no entanto, não houve êxito em sua demanda. Porém, seu sacrifício não foi totalmente em vão, e eles conseguiram atrasar o avanço de Vorlak.
Vinte anos depois, o descendente de Arluz, o príncipe do reino de Etinas, acorda de um pesadelo sem saber que o simples abrir de seus olhos, naquela manhã, seria o primeiro ato para cumprir o destino que começava a se desenrolar perante ele.
Aquela era a demanda deixada por seu pai, sua Herança de Sangue.
Dados Técnicos: 2016, 232 páginas, Independente, Daniel S. Lima.
Resenha: Leitor, você conhece RPG?
Role Playing Game (jogo de interpretação em tradução livre) é um jogo que foi muito popular nas décadas de 80 e 90, principalmente em sua vertente medieval, popularizada pelo jogo chamado Dungeons & Dragons.
Por que estamos falando disso?
Porque se você gosta dos RPGs medievais, vai gostar bastante de Lágrimas de Rhanor. A obra do escritor brasileiro Daniel S. Lima bebe tremendamente dessa fonte em tudo o que há de bom e de ruim no estilo.
Aventura: Tudo o que se pode esperar de uma aventura de RPG medieval pode ser encontrado nessa obra. Um grupo de guerreiros enfrentando inimigos poderosos, um necromante que busca dominar o mundo, criaturas fantásticas, magia.
O livro segue, em geral, uma linha narrativa bastante frenética, colocando o leitor sempre dentro da aventura.
Há pouco espaço para descrições mirabolantes ou grandes tramas psicológicas. O negócio aqui é a ação.
O livro segue, em geral, uma linha narrativa bastante frenética, colocando o leitor sempre dentro da aventura.
Há pouco espaço para descrições mirabolantes ou grandes tramas psicológicas. O negócio aqui é a ação.
Pouco profundo: O livro começa com um grande flash back mostrando um pouco da história dos antepassados do personagem principal, mas, de resto, segue na linha "jornada do herói".
Temos um príncipe que precisará aceitar o chamado do destino e repetir os feitos de seu pai e de seu avô, mesmo que isso signifique a morte.
O personagem principal, o príncipe Teron é essa figura honrada e determinada, que fará de tudo para defender o seu reino.
Temos um príncipe que precisará aceitar o chamado do destino e repetir os feitos de seu pai e de seu avô, mesmo que isso signifique a morte.
O personagem principal, o príncipe Teron é essa figura honrada e determinada, que fará de tudo para defender o seu reino.
Tramas não explicadas: A mania por produzir séries se espalhou pelo mundo literário e aqui temos outro exemplo. O autor não se contentou em produzir uma história fechada e Lágrimas de Rhanor é, claramente, a primeira parte de uma obra cujo tamanho ainda desconhecemos.
Durante esse primeiro livro, ele abre vários assuntos, como os viajantes que aparecem na festa ou a rixa entre os mentores de Teron. Romances se desenham no horizonte e vários personagens, lugares e histórias são citados.
Espera-se que o autor tenha feito tudo isso de propósito e saiba como fechar todas essas pontas que ficaram abertas. Se foi de propósito, pode resultar em algo grandioso ou senão, se perder na quantidade de eventos. Só o tempo dirá.
Durante esse primeiro livro, ele abre vários assuntos, como os viajantes que aparecem na festa ou a rixa entre os mentores de Teron. Romances se desenham no horizonte e vários personagens, lugares e histórias são citados.
Espera-se que o autor tenha feito tudo isso de propósito e saiba como fechar todas essas pontas que ficaram abertas. Se foi de propósito, pode resultar em algo grandioso ou senão, se perder na quantidade de eventos. Só o tempo dirá.
Batalha: A história segue até seu ápice onde uma grande batalha acontece e, infelizmente, essa é a a parte do livro com mais problemas. Na ânsia de utilizar uma quantidade variada de criaturas, o autor simplesmente despejou-as na história, sem preparar o leitor para elas ou explicar direito de onde surgiram. Foi como num passe de mágica.
O resultado é que a confusão atrapalhou uma sequência de batalha bastante interessante, deixando-a confusa devido ao excesso de elementos.
O autor incorre em erros simples como usar parágrafos muito grandes, repetir palavras em demasia ou cometer erros de português.
É preciso lembrar que o livro é independente, o que explica esses deslizes.
Conclusão: Lágrimas de Rhanor é uma obra que valeu a leitura. A história é interessante, apesar das pontas soltas e os problemas de estrutura podem ser corrigidos facilmente. Leva três estrelas no skoob.
Leia se você jogou RPG alguma vez ou se gosta de fantasia medieval.
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