segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Resenha - Treze à mesa de Agatha Christie

Olá leitoras e leitores, a resenha de hoje é de mais um dos livros da rainha do crime: Agatha Christie - Treze à mesa

Capa:


Não tem como uma capa ser mais autoexplicativa, tem?

SINOPSENum mundo de aristocratas excêntricos e de atrizes e atores famosos se tecem os fios da complexa e inquietante intriga deste romance que poderá levar como subtítulo um baile de máscaras, porque na realidade transforma-se em um cenário macabro de mutantes e enganosas aparências, sob as quais se oculta o rosto de um implacável assassino. Entre os assistentes a esse perverso teatro se encontra um espectador muito difícil de enganar: Hércules Poirot, quem além de utilizar outros sutis recursos, vale-se como de um espelho, do cérebro estritamente normal de seu amigo íntimo, o capitão Hasting - reencarnação moderna do doutor Watson -, para ver, refletido nele, o que o assassino quer que os outros vejam. Com uma modéstia inusitada, Poirot, por uma vez na sua vida, priva-se, injustamente, de todo merecimento, pois diz que pôde desmascarar o autor de três assassinatos, não pelo bom funcionamento dos seus neurônios, mas sim por ter ouvido, na rua, uma conversa trivial. A verdade é que, se o ouvinte não tivesse sido o detetive bigodudo, um inocente, e não o verdadeiro assassino, teria morrido na forca.

DADOS TÉCNICOS: 1996 (1933), 223 páginas, Ed. Record, Agatha Christie

RESENHA:  Ela conseguiu outra vez. a rainha do crime me enganou direitinho...

Mas antes de falarmos sobre os meus fracassos como detetive comecemos com o nome da obra. Treze à mesa é uma tentativa de adaptar para o português o nome original que é "Lord Edgware dies" ou Lord Edgware morre, o que, convenhamos foi uma boa ideia já que o nome original não fica legal em nosso idioma.
A escolha pelo nome se dá devido a uma cena onde treze pessoas jantam, mas não diz tanto assim sobre o livro, enfim, foi o que se podia fazer...

INTRINCADO: Essa foi a minha sensação ao ler o mistério. O/A assassino/a de Lord Edgware parece óbvio para a polícia, mas não para o detetive Hercule Poirot.  O nosso cabeça de ovo favorito sabe que a coisa nunca é tão simples, mas esse crime, ou crimes, foi tão bem arquitetado que até mesmo ele quase foi ludibriado e só o solucionou graças a uma coincidência.

MÚLTIPLAS POSSIBILIDADES: A autora brinca com os nossos sentimentos nessa obra com maestria. Ela nos faz suspeitar de alguém e logo nos joga um balde de água fria, depois nos faz suspeitar de outra pessoa e por aí vai...
Nem preciso dizer que é o tipo de leitura que nos faz avançar as páginas depressa, ávidos por solucionar o mistério.

BARRIGUINHA? Treze à mesa é realmente um livro interessantíssimo, cuja solução, quando revelada e explicada é plenamente satisfatória, mas achei que teve uma pequena barriga. 
Não estou querendo procurar problema, mas achei que a dama do crime acabou colocando pistas e suspeitos um pouco além da conta e, como sempre, deixando alguns fatos imprescindíveis para a solução apenas para o final.

Pode parecer mágoa de quem não solucionou o mistério, mas ainda acho que Assassinato no expresso do oriente é o livro perfeito de Agatha e estou procurando ansiosamente em todos os outros, um que o supere. Esse aqui passou perto...

E olha que a minha edição, emprestada e já velhinha, de 1996 estava com a página 84 trocada. Isso mesmo, uma página inteira de algum outro livro da autora que não pude identificar.
 
TRAMA E PERSONAGENS: A fórmula consagrada se repete. A trama começa com um crime e já parte para a investigação, seguida por muitos interrogatórios onde conhecemos melhor cada personagem. É simples e eficiente.

CONCLUSÃO: Treze à mesa agrada em cheio aos fãs de literatura policial e também aos fãs da autora. Tem tudo o que se espera de uma obra desse tipo, mas poderia ser um pouco menos enrolado nos detalhes.

Leva nota 4,5 apenas porque o 5 ficou reservado para o Assassinato no expresso do oriente.

Leia se gosta de literatura policial e da autora

Não leia se você acha que pode descobrir o/a assassino/a. Você não pode com a dama do crime...

E você leitor? Já leu esta obra? qual sua opinião sobre ela?

E sobre essa resenha? concorda? discorda? quer acrescentar algo?
Então deixe o seu comentário.

Abraços

Dan Folter

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