Menino Maluquinho.
Foi essa a primeira impressão que me deu ao começar a ler o livro Tom Sawyer, grande clássico de mais de um século do autor norte-americano Mark Twain.
Vejam, isso não é desqualificar a obra, apenas traçar um paralelo com algo nacional e contemporâneo.
Tom é um menino muito ativo, com uma imaginação muito fértil e extremamente supersticioso. Ele vive aprontando das suas, pregando peças, fugindo da escola e do banho e levando uma boa surra de vez em quando.
Viram só? lembra bastante menino maluquinho.
Minha experiência de leitura não foi a mais prazerosa de todas por causa de um grande problema: a expectativa! Explico; por alguma razão, eu tinha na cabeça que Tom Sawyer fosse um menino de má índole, que vivia a enganar os outros para alcançar seus objetivos. Ele até prega umas peças aqui e acolá, mas é uma criança e age como tal, dentro de uma inocência típica da idade.
Por outro lado, é uma obra que ajuda a conhecer os costumes de uma época bem longínqua, onde o professor podia surrar o aluno em caso de desobediência e a vida era por demais simples. Tem também o lado que pode parecer racista, mas é apenas um retrato de uma época onde a escravidão ainda estava em vigor nos EUA. Também conhecemos bastante sobre como a época era cheia de religiosidade e superstição, um dos traços mais legais do menino Tom.
A história em si me pareceu um pouco monótona, é mais um dia a dia da vida do garoto, apesar de alguns acontecimentos interessantes. Se vale a leitura? Com certeza, apenas diminua suas expectativas para não se decepcionar.
Conhecer os clássicos sempre nos trará um aprendizado, e é um livro muito bem escrito, sem ser difícil de ler, serve como escola para muito escritor por aí que acha que escrita simples é escrita ruim.
Fica com 3 estrelas de 5.
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