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quarta-feira, 20 de abril de 2022

TOP5 Distopias obrigatórias | Distopias pra ler hoje

Hoje fazemos um TOP5 de Distopias que consideramos obrigatórias para quem quer ler boas histórias e ficar atualizado com as influências que geraram muito do que é feito na cultura pop atual.


Livros citados neste TOP5 Admirável Mundo Novo de Audus Huxley 1984 de George Orwell Neuromancer de Willian Gibson Fahrenheit 451 de Ray Bradburry O homem do castelo alto de Phillip K. Dick. Comente aqui qual seria o seu TOP5 e porque. Siga o nosso Instagram: https://www.instagram.com/dan_folter Abraço a todos booktuber Dan Folter! Produzido por Dan Folter (contato: danielregis@hotmail.com) E editado por Galiboor Design edição de vídeos (contato: yagami312@gmail.com)

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Resenha | O conto da Aia | The handmaid's tale

 Inscreva-se: https://bit.ly/3iDi0h4

Salve! Hoje tem resenha de O conto da Aia, essa fantástica distopia e de sua adaptação para a série the handmaid's tale. Neste vídeo, saiba o que é uma ditadura teocrática radical, entenda porque O conto da Aia faz o bom feminismo e leia uma das melhores distopias de todos os tempos. A série também é comentada e já vou avisando aqui que essa adaptação é daquelas tão boas que chegam a superar a obra original. Curiosos? Então assistam e depois opinem.

Link do vídeo: https://youtu.be/sTu18VweLhI Abraço a todos Dan Folter! Produzido por Dan Folter (contato: danielregis@hotmail.com) E editado por Galiboor Design edição de vídeos (contato: yagami312@gmail.com)

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Um pouco de história - dia 10 - Um poema de guerra

 E se uma guerra acontecesse no Brasil? Uma guerra capaz de rachar o país em 2?

Não, eu não estou falando da polarização idiota que tomou conta do nosso país, mas sim de uma guerra que chegou às vias de fato, uma guerra civil.

Gostou da premissa?

Pois foi exatamente isso que fiz em Um porma de guerra, 


Essa é mais uma daquelas ideias que surgiram lá na adolescência, mas não apenas da minha cabeça, foi uma ideia que tive em conjunto com o meu grande amigo Fernando.
Imaginamos uma São Paulo destruída por tanques e um casal impossível formado por um soldado e uma rebelde.

Nós nunca imaginamos que esse sonho poderia se tornar realidade um dia, mas ele se tornou. Em 2018 o livro chegou às prateleiras e até hoje eu o considero como o meu melhor trabalho.


Além de ter essa capa linda de cair o c* da bunda, né!!!

Um poema de guerra é um livro difícil de classificar. Ele tem um quê de distopia misturado com romance, umas pitadas de crítica social e uma cobertura bem dramática.

Ah, ele é um romance, não um livro de poesias, OK???  Ele até tem umas poesias marcando o final de cada uma das 12 partes que compõem a obra, mas é só isso.


Quer conhecer mais sobre essa obra? Assista ao vídeo onde dou mais detalhes sobre ela https://youtu.be/5CbcjIpXJ-4.

Quer pegar uma cópia digital? Tem na Amazon https://www.amazon.com.br/dp/B07L456V9Y

Prefere um físico autografado, com marcador e lápis personalizado?
Então entre em contato comingo.

Grande abraço a todos

Dan Folter

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Youtube - Fahrenheit 451 de Ray Bradbury

Salve galera! Hoje é dia de clássico aqui no Desinformadoss. Fahrenheit 451 de Ray Bradbury é uma obra cheia de nuances. Uma ficção científica mais fácil de ler, focada mais nos personagens do que na ciência, e também uma distopia diferente das tradicionais, muito mais próxima da nossa (triste) realidade. *Esqueci da falar no vídeo, mas o título do livro é relativo à temperatura de combustão aproximada do papel.



Deixe seu comentário se já leu o livro, o que achou do mesmo e desta resenha. Deixe o like e se inscreva no canal, isso é muito importante pra nós. Compartilhe com seus amigos e ajude mais pessoas a chegarem a esse maravilhoso mundo dos livros. (enquanto ninguém resolve queimá-los) Abraço a todos Dan Folter! O Desinformadoss é produzido por Dan Folter (contato: danielregis@hotmail.com) E editado por Galiboor Design edição de vídeos (contato: yagami312@gmail.com)

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Resenha - Planeta Brutal de Raphael Miguel

Salve galera!! Como estão?

Hoje eu vou resenhar para vocês uma distopia que se passa em pleno Brasil.
Desde que escrevi a minha própria distopia que se passa também por aqui, tenho prestado mais atenção a obras com essa pegada.

Não conhece a minha obra, Um Poema de Guerra? Então confira aqui: https://desinformadoss.blogspot.com/2018/06/um-poema-de-guerra-chegou.html

Mas agora vamos à resenha de hoje:

CAPA: 

Começamos bem! A capa, além de bonita, mostra a nossa personagem principal em um deserto, nada melhor para mostrar o que vem por aí.

SINOPSE"Os eventos que culminaram no Primeiro Dia assolaram a face do Planeta Terra. Com a população reduzida drasticamente e com os efeitos das extinções de espécies e do aquecimento global, os sobreviventes tiveram que se adaptar a uma nova realidade... uma realidade feia, cruel, visceral, BRUTAL.

Em meio ao caos, após ter vivenciado o lado mais horrendo dos remanescentes, uma mulher leva seu pequeno filho pelo deserto sem fim na intenção de encontrar um lugar melhor para sobreviver, mas o perigo espreita pelos cantos e cada passo pode ser mortal. 

Com um ritmo alucinante, “Planeta Brutal” irá te levar a um mundo caótico, com uma trama repleta de reviravoltas através de personagens fortes e marcantes que não têm limites para alcançar seus objetivos."

DADOS TÉCNICOS: 2017, 302 páginas, Editora Coerência, Raphael Miguel


RESENHA: Planeta Brutal (uma singela homenagem ao grande Alice Cooper) é a típica distopia de fim de mundo. Um evento chamado na história de "primeiro dia" onde uma espécie de cataclismo bíblico destrói o mundo como o conhecemos deixando apenas alguns sobreviventes para disputarem as migalhas é o estopim para a obra.

Não fica muito claro o que aconteceu, mas isso não incomoda, já que o livro é narrado em primeira pessoa e os personagens não sabem realmente explicar o primeiro dia. Há somente alguns comentários dando a entender que o aquecimento global tem algo a ver com o fim do mundo.

CONFUSÃO E REPETIÇÕES: Como já dito, o livro é narrado em primeira pessoa, mas não apenas pela personagem principal, Kaiara.
Ao invés disso, o livro alterna o narrador a cada capítulo e principalmente no começo da obra é um pouco difícil entender quem está falando, principalmente quando aquela é a primeira vez que um personagem aparece. Isso acontece até a metade do livro, muitas vezes de forma meio brusca.
Talvez se o autor colocasse quem está narrando no começo do capítulo ficasse mais fácil de compreender.

Outra característica gerada por essa narração alternada é a repetição das cenas. Muitas vezes temos a mesma cena narrada por mais de um personagem, o que ajudaria a enxergar a perspectiva diferente de cada pessoa sobre um mesmo evento, entretanto, em certas horas o recurso fica um pouco exagerado e acabamos tendo um certo "mais do mesmo"
As repetições também acontecem em palavras específicas. O autor usou demais palavras como "brutal" e "danação" e acabou desgastando aquilo que deveria ter tido destaque.

VISCERAL: Planeta Brutal é um livro violento. Mais de metade do conteúdo é a descrição de lutas entre os personagens, a maioria delas envolvendo a perda de membros, quebra de ossos, tripas no chão e muito, muito sangue derramado. Em alguns momentos você se sente em uma sessão de RPG devido aos turnos de cada combatente na luta.

O autor não poupa nem velhos, nem crianças da carnificina, entretanto, resolveu manter a violência apenas nos combates. As cenas de tortura não são descritas tão detalhadamente e não há descrição de violência sexual, apenas a menção de que podem acontecer.

Se você é sensível a cenas violentas, este livro não é para você.

GEORGE R.R. MARTIN?: Outro detalhe importante de planeta brutal é que você não deve se apegar a nenhum personagem. A qualquer momento eles podem ser mortos e nenhum deles se comportará como herói, o que condiz perfeitamente com a ideia de um mundo onde a sobrevivência é a maior necessidade. Um dos pontos positivos da obra.

PERSONAGENS: Como eu disse acima, não dá para se apegar muito aos personagens, já que eles morrem o tempo todo ou não são exatamente heróis, entretanto a narração em primeira pessoa não consegue dar tempo suficiente a nenhum deles, nem mesmo à protagonista para que haja essa empatia toda. Não são personagens ruins, mas poderiam ter sido melhor trabalhados.

VÍRGULAS E ERROS INACEITÁVEIS: Planeta Brutal é um livro que tem um ritmo de leitura bastante rápido, e isso nos faria virar as páginas rapidamente não fosse um problema irritante: as vírgulas.
Elas estão em todo lugar, inclusive em lugares aonde não deveriam estar, mostrando que, ou o livro não foi revisado, ou o revisor precisa estudar urgentemente o uso das vírgulas.
Além delas, o livro ainda está cheio de errinhos de digitação como palavras juntas e erros ortográficos.
A literatura nacional continua a fazer livros com capas belas e diagramação de primeira, mas com revisões precárias. Uma pena.

CONCLUSÃO Planeta Brutal traz uma proposta interessante e uma história redondinha. O final é coerente e satisfatório, mas se você não gostar há ainda um final alternativo.
A narração um pouco confusa e a revisão ruim estragam um pouco o prazer de ler, mas ainda assim é um bom livro, mas que irá agradar somente a um tipo específico de leitor que gosta ou não se importa de ler obras mais violentas e viscerais.

Nota 3,5 no Skoob, um livro que podeira ter ficado excelente se tivesse tido um pouco mais de esmero em sua produção.

E você? já tinha lido ou sequer ouvido falar dessa obra? Então diga aqui o que achou ou a sua expectativa de leitura.

Abraços

Dan Folter

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Prêmio Brasil entre palavras elegerá os melhores de 2018

E chegou a hora de escolhermos os melhores livros de 2018. E para isso temos a terceira edição do prêmio Brasil entre palavras.

Na primeira, O Mistério de Boa Esperança papou o prêmio de melhor livro de ação em 2016.
2018 é a vez de Um Poema de Guerra.

O prêmio é realizado pela iniciativa dos blogs as 1001 Núccias e Cura leitura.


As regras para deixar seu voto estão aqui:

- A votação se refere aos livros cadastrados pelos próprios autores na primeira fase do Prêmio (dezembro/2018);

- Cada leitor poderá votar uma única vez em cada categoria;

- Cada leitor pode indicar um livro na opção OUTRO desde que: 1 - seja livro nacional; 2 - tenha sido lançado entre 31/10/2017 a 01/11/2018; 3 - seja informado nome do livro e do autor. Não estando nesses 3 requisitos, a indicação será desconsiderada;

- A votação vai até 30/janeiro/2019;

- O resultado será divulgado no dia 31/jan.

DEIXE SEU VOTO: VOTAR AGORA


Lembrando que Um Poema de Guerra concorre nas categorias Drama, Distopia e melhor capa.
Você também pode votar em Acordo com Chemosh na categoria wattpad. Para isso, selecione a linha outro e preencha "Acordo com Chemosh de Dan Folter"

Deixo aqui também sugestões de outras categorias:
- Planeta Brutal de Raphael Miguel na categoria ação
- Fantásticos organizado por Núccia de Cicco na categoria antologia
- Os Supremos de Raphael Miguel nas categorias Aventura e fantasia
- Playlist de vários autores na categoria jovem adulto
- Violet de Giuliana Sperandio na categoria romance
- Um Amor para Johan de Amanda Bonatti na categoria romance de época

Não deixe de votar e de avisar os seus amigos para também votarem. Vamos apoiar a literatura brasileira.

Abraço

Dan Folter

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Resenha - Fahrenheit 451 de Ray Bradbury

Olá meus amigos desinformados, tudo bem por aí?

A resenha de hoje é de um clássico, e, com ele, eu termino a leitura da grande trinca das distopias. Venha ver o que eu achei de Fahrenheit 451, de Ray Bradbury

CAPA: 


Capa da mais recente edição da Biblioteca Azul, um subgrupo da editora globo. Nela, um bombeiro sem rosto, oculto talvez pelas chamas que ele mesmo causou...

SINOPSEEscrito após o término da Segunda Guerra Mundial, em 1953, Fahrenheit 451, de Ray Bradubury, revolucionou a literatura com um texto que condena não só a opressão anti-intelectual nazista, mas principalmente o cenário dos anos 1950, revelando sua apreensão numa sociedade opressiva e comandada pelo autoritarismo do mundo pós-guerra. Agora, o título de Bradbury, que morreu recentemente, em 6 de junho de 2012, ganhou nova edição pela Biblioteca Azul, selo de alta literatura e clássicos da Globo Livros, e atualização para a nova ortografia.

A singularidade da obra de Bradbury, se comparada a outras distopias, como Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, ou 1984, de George Orwell, é perceber uma forma muito mais sutil de totalitarismo, uma que não se liga somente aos regimes que tomaram conta da Europa em meados do século passado. Trata-se da “indústria cultural, a sociedade de consumo e seu corolário ético – a moral do senso comum”, segundo as palavras do jornalista Manuel da Costa Pinto, que assina o prefácio da obra. Graças a esta percepção, Fahrenheit 451 continua uma narrativa atual, alvo de estudos e reflexões constantes.

O livro descreve um governo totalitário, num futuro incerto, mas próximo, que proíbe qualquer livro ou tipo de leitura, prevendo que o povo possa ficar instruído e se rebelar contra o status quo. Tudo é controlado e as pessoas só têm conhecimento dos fatos por aparelhos de TVs instalados em suas casas ou em praças ao ar livre. A leitura deixou de ser meio para aquisição de conhecimento crítico e tornou-se tão instrumental quanto a vida dos cidadãos, suficiente apenas para que saibam ler manuais e operar aparelhos.

Fahrenheit 451 tornou-se um clássico não só na literatura, mas também no cinema. Em 1966, o diretor François Truffaut adaptou o livro e lançou o filme de mesmo nome estrelado por Oskar Werner e Julie Christie. 

DADOS TÉCNICOS: 2012 (1953), 215 páginas, Biblioteca Azul, Ray Bradbury

RESENHA: Fahrenheit 451 é um daqueles clássicos que todos somos recomendados a ler. Também é, ao lado de 1984 de George Orwell e Admirável Mundo Novo de Audous Huxley, considerado parte da santíssima trindade da distopia. Será que é tudo isso?

Uma curiosidade é que o nome do livro se refere à temperatura da queima do papel, algo em torno de 230 graus Celsius. Outro detalhe, esse pessoal, é que morei durante toda a minha infância e adolescência numa casa com o numeral 451. Acho que é o destino...

UMA METÁFORA FORTE: Imagine um mundo onde os bombeiros não apagam incêndios, mas os provocam. Imagine agora que esses incêndios têm o objetivo de queimar os livros, esse objeto terrível e perigoso que algumas pessoas insistem em manter em suas casas.

Esse é o mundo onde vive Montag, nosso protagonista, um homem que, como a maioria das pessoas vive no automático, até um dia em que acontece algo diferente e ele desperta, começa a questionar o sistema e resolve fazer algo para modificá-lo.

UM BOM VILÃO: O capitão Beatty, homem que conhece Shakespeare de cor, é o grande vilão dessa trama. E tudo o que ele faz é desconfiar do protagonista. Não poderia ser mais simples e eficiente. Destaque também para o Sabujo, uma espécie de cachorro mecânico capaz de caçar e eliminar suas vítimas.

UMA MULHER VITIMADA PELO SISTEMA: Mildred, a esposa de Montag, é uma personagem bastante interessante, porque é através dela que entendemos como o sistema funciona, por que as pessoas abandonaram os livros e como elas se tornaram vazias. Em uma passagem, Montag pergunta a mulher quando e onde eles se conheceram, mas ela é incapaz de se lembrar, dizendo apenas que isso não tem importância.

CONTROLE:  Toda boa distopia precisa de um mecanismo de controle. Em 1984, temos a severa vigilância do governo, em Admirável Mundo Novo a felicidade proporcionada pelo Soma e em Fahrenheit 451 temos a televisão.
Lançado em 1953 o livro já previa o quanto a televisão, e depois a internet, poderia ser o mecanismo de controle perfeito, tornando a população imbecil e incapaz de perceber aquilo que realmente importa.

Durante a leitura entendemos que os livros não foram proibidos, mas rejeitados, porque nos fazem pensar, e isso nos deixa tristes. O governo nem precisa perseguir as pessoas, já que elas mesmas denunciam os seus vizinhos que têm livros para que estes sejam queimados.

Se em 1984 temos a opressão e em admirável mundo novo temos o circo, aqui temos a perda da esperança como a grande ferramenta de controle. Uma ferramenta poderosa.

GAPS NA TRAMA: A obra aqui citada foi escrita numa máquina de escrever alugada no porão de uma biblioteca. Essa história é contada pelo próprio autor no posfacio desta edição e mostra como ele era talentoso, pois conseguiu escrever uma obra dessa magnitude com pressa. Imagine o que ele teria feito com um computador...

Ele mesmo teve ciência, muitos anos depois, que haviam gaps na trama. Faltaram explicações para a motivação do vilão e para o acontecimento envolvendo a vizinha que Montag conhece logo no começo do livro. O próprio autor pensou em acrescentar esses detalhes à obra posteriormente, mas achou melhor deixá-la como nasceu, mesmo com esses pequenos defeitos.

Ele inclusive reclama, ao meu ver com razão, da chatice politicamente correta que o nosso mundo se tornou, onde grande obras como esta deixam de ser apreciadas por este ou aquele pequeno defeito.

Eu estava disposto a criticar aqui algumas partes do texto, principalmente até a metade do livro, que achei confusas, mas me rendi à explicação do autor e também resolvi elevar a nota que daria ao livro.

CONCLUSÃOFahrenheit 451 é uma daquelas obras que deveria ser indicada para leitura em escolas, pois precisamos parar e pensar um pouco mais ao invés de seguir o fluxo, coisa que acontece em demasia nos dias atuais.

É uma leitura bastante rápida e mais fácil de se concluir do que os seus pares citados aqui.

Nota 5,0 no Skoob porque os clássicos merecem respeito!

Leia se você quer sair dessa imobilidade, melhorar o seu senso crítico e ainda se divertir.

Não leia se você for um chato e só estiver à procura de defeitos.


Abraços

Dan Folter

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Resenha - Arcanista de Joe de Lima

Olá meus amigos, como estão vocês? Espero que muito bem.

Hoje vamos falar de mais uma obra nacional. Arcanista de Joe de Lima

CAPA: 


Ótimo trabalho de capa, desde a ilustração mostrando o capote utilizado pelos arcanistas, bem como seu símbolo no ombro, passando pelo bom posicionamento do título e até pela escolha de fonte que transmite muito bem o que encontramos na obra.

SINOPSEMarcel Seeder é um tímido rapaz de 16 anos que vive em Vera Cruz, uma nação dividida pelo jogo de poder entre o governo, o exército independente chamado Arcanum e a sombra do grupo ecoterrorista Voz Verde.

Marcel se preparou desde a infância para uma carreira militar como arcanista, seguindo os passos de seu pai. Entretanto, a visita oficial do Regente-Geral e de sua família à Arcanum irá deflagrar um terrível incidente. Para enfrentar a conspiração que busca assassinar Camilla Noble, a filha mais velha do Regente, Marcel precisará superar suas limitações e dominar a gema incrustada em sua mão.

Com uma narrativa cinematográfica, Arcanista é mais que uma história de superação e sobrevivência. É a história de pessoas que tentam encontrar seu lugar em uma sociedade com um complexo cenário político e um colossal abismo social que separa a elite e a classe menos favorecida.

DADOS TÉCNICOS: 2016, 288 páginas, Independente, Joe de Lima

RESENHA: Se você está procurando um livro que reúna aventura, distopia, Ficção Científica, fantasia e muito mais, então corra para ler Arcanista, primeira parte de uma trilogia batizada de Vera Cruz e escrita pelo brasileiro Joe de Lima.
O livro narra a história de Marcel Seeder, um rapaz cujo maior objetivo é adentrar uma espécie de força policial conhecida como Arcanistas.

JORNADA DO HERÓI?: Parece, mas não é. Os primeiros capítulos mostram Marcel fazendo as provas para entrar no grupo dos Arcanistas, mas acabamos descobrindo que o rapaz não é exatamente um herói. Ele é falho, tem problemas familiares, é apaixonado por uma garota que não o corresponde, coleciona muitas derrotas e poucas vitórias.
O personagem é muito verossímil e interessante justamente por não seguir à risca a jornada do herói.

DISTOPIA?: Sim. Vera Cruz é o que sobrou após uma guerra onde bombas nucleares foram utilizadas e as sobreviventes vivem nas chamadas cidades altas. Durante o desenrolar da história descobrimos que muito não é o que parece, que governos e outras instituições podem estar corrompidas. São várias nuances bem exploradas nesse quesito.

Aqui uma nota sobre a escolha do nome. Vera Cruz já foi um dos nomes do Brasil e dessa forma sutil, percebemos que se passa em nossa terra.


FICÇÃO CIENTÍFICA?: Também... A utilização de certos equipamentos, armas e veículos bebe na fonte da ficção científica. Claro que não dá tempo de se aprofundar porque há muita coisa acontecendo, mas há traços sim do estilo.

FANTASIA?:  O elemento fantástico surge na forma da mana. Mana seria uma fonte de energia encontrada no centro da terra e que passa a ser utilizada para fazer quase tudo em Vera Cruz. Os arcanistas utilizam cristais desse material para produzirem os seus poderes, como é o caso de Marcel, que consegue um poder, mas tem bastante dificuldades e problemas ao usá-lo.

Há um grupo chamado "Voz verde" que alega que a obtenção da mana está exaurindo o planeta e esse grupo também tem papel importante na trama.

AVENTURA: A história que começa com a formação de Marcel como Arcanista logo nos leva a sua primeira missão onde ele se encontra com Camila Noble, filha do regente de Vera Cruz e com dois garotos que se tornarão bastante importantes para a trama.

O grosso do livro se passa nessa aventura, quando os elementos que descrevemos acima já estão bem explicados e confortáveis para o leitor.
CONCLUSÃO: Arcanista se mostra um livro muito bem estruturado, com personagens críveis, reviravoltas, traições e surpresas.
Tudo está bem explicado, sem pontas soltas ou personagens inúteis. A leitura é prazerosa e fluida.
Achei uns errinhos de digitação aqui e ali, mas nada que atrapalhe, apenas uma das dificuldades de um autor independente.

Com certeza irei ler os outros dois livros da saga, pois o primeiro deixou uma ótima impressão.

Nota 4,0 no Skoob para um livro que entrega mais do que promete flerta com vários estilos sem decepcionar em nenhum deles.

E você leitor? Já leu esta obra? qual sua opinião sobre ela?

E sobre essa resenha? concorda? discorda? quer acrescentar algo?
Então deixe o seu comentário.

Abraços

Dan Folter

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Análise literária - Admirável mundo novo de Audous Huxley

Olá meus caros leitores desinformados, como vocês estão?

Hoje é dia de clássico. Falaremos de um livro daqueles que deveriam ser solicitados nas escolas, discutidos nas mesas de bar, perguntados nos programas de auditório...

Admirável novo mundo de Audous Huxley.



Capa:


Coloquei a capa da versão lida por mim, da editora Globo e que não é das melhores. A cabeça cheia de circuitos é uma alusão à programação que as pessoas recebem na história, mas não é esteticamente interessante, e ainda traz um viés tecnológico que não é o mote do livro.

SINOPSEAno 634 d.F. (depois de Ford). O Estado científico totalitário zela por todos. Nascidos de proveta, os seres humanos (pré-condicionados) têm comportamentos (pré-estabelecidos) e ocupam lugares (pré-determinados) na sociedade: os alfa no topo da pirâmide, os ípsilons na base. A droga soma é universalmente distribuída em doses convenientes para os usuários. Família, monogamia, privacidade e pensamento criativo constituem crime.

Os conceitos de "pai" e "mãe" são meramente históricos. Relacionamentos emocionais intensos ou prolongados são proibidos e considerados anormais. A promiscuidade é moralmente obrigatória e a higiene, um valor supremo. Não existe paixão nem religião. Mas Bernard Marx tem uma infelicidade doentia: acalentando um desejo não natural por solidão, não vendo mais graça nos prazeres infinitos da promiscuidade compulsória, Bernard quer se libertar. Uma visita a um dos poucos remanescentes da Reserva Selvagem, onde a vida antiga, imperfeita, subsiste, pode ser um caminho para curá-lo. Extraordinariamente profético, "Admirável mundo novo" é um dos livros mais influentes do século 20.

DADOS TÉCNICOS: 2001 (1932),  314 páginas, Editora Globo, Audous Huxley

ANÁLISE: Esta será uma análise um pouco diferente do habitual, afinal falarmos que se trata de um grande clássico da ficção científica, de um exemplo de distopia e de livro que todos deveriam ler seria chover no molhado.
Ao invés disso, vamos utilizar esse grande clássico para mostrar como muitas das "regras sagradas" da literatura podem ser quebradas quando se tem uma boa história para contar.

Escrito em 1931 e publicado no ano seguinte, o livro mostra a preocupação do autor com regimes totalitaristas como os que estavam acontecendo na extinta União Soviética e na Alemanha nazista pouco antes da segunda guerra mundial. Por isso é interessante analisarmos o contexto da época antes de julgamos algumas das revoluções científicas e dos métodos relatados, bem como alguns pedaços que podem não soar bem numa cultura politicamente correta em demasia como a dos dias de hoje.

Vamos desmitificar?

LIVRO BOM PRECISA DE RITMO FRENÉTICO: Uma das grande lendas literárias da atualidade diz respeito ao ritmo em que as histórias devem ser contadas. Segundo os "entendidos" é preciso enxugar o texto ao máximo e colocar acontecimentos o tempo inteiro para prender a atenção do leitor. Algo como um filme de Michael Bay onde pouco se entende da história dada a velocidade dos eventos.
Pois se você acredita nisso vai se surpreender logo de cara com Admirável mundo novo já que a trama começa com uma enorme explicação de como a sociedade funciona e demora bastante até começar a explorar alguns dos personagens mais de perto.
O ritmo mais lento, além de normal para a época em que a obra foi escrita, é necessário para que o leitor possa absorver e compreender o que foi lido.

INFODUMP É RUIM: Você já deve ter ouvido falar em infodump. É a técnica utilizada por alguns autores para descrever partes da história e situar o leitor, muito comum em universos de ficção e fantasia onde o mundo e as criaturas que vivem nele não são iguais ao que conhecemos. A técnica é severamente criticada, mesmo quando acontece disfarçada nos diálogos como é feito nos primeiros capítulos de Admirável mundo novo.
Audous Huxley utiliza uma excursão de estudantes para apresentar o centro embrionário britânico e o diretor dá uma verdadeira palestra para eles e para o leitor de como tudo funciona naquela realidade.
Isso nos mostra que o problema não é o infodump em si, mas a qualidade (ou não) do autor em utilizá-lo que vai separar um bom livro de outro ruim.

UM LIVRO É TÃO BOM QUANTO SEU PROTAGONISTA: Muitos dirão que é preciso um protagonista bem definido em um bom livro, pois isso causa identificação com o leitor que passa a torcer para ele.
Admirável mundo novo foge completamente a essa regra pois o livro não define claramente um protagonista. Temos o diretor, Bernard, Lenina, personagens que se revezam na primeira metade do livro e da metade para o fim o foco recai sobre um novo núcleo de personagens, que é do selvagem John e sua mãe, Linda.
Quase não há coadjuvantes e não nos aprofundamos muito em nenhum dos protagonistas, salvo talvez o selvagem, que é mais explorado no fim da obra.
O grande personagem aqui é a sociedade, é o coletivo, assim como o diretor tenta convencer o selvagem, o autor tenta nos convencer de que ninguém é mais importante que a sociedade em si.

FINAL ARREBATADOR: O personagem principal duela contra o vilão, salva o mundo e reconstrói o que fora destruído num final cheio de reviravoltas especulares... não, você não vai encontrar um final espetacular em Admirável novo mundo, ao invés disso você encontrará um final brusco, mas coerente.
Não há um grande clímax na história nem uma mudança enorme nos personagens após passarem por provações. Admirável novo mundo acaba sem avisar e nem se preocupa em fechar pontos que foram abertos ou explicar como cada personagem termina, como aconteceria em uma novela.
E isso de forma nenhuma tira algum mérito do livro. Mais uma vez encaro como uma forma que o autor encontrou para dar ênfase ao cenário distópico e a não a esse ou aquele personagem.
O final também deixa claro o pessimismo do autor em relação à raça humana como um todo, sem apelar para a demagogia ou um final hollywoodiano. Assim como no mundo real, as pessoas se adaptam ao mundo e não o modificam de uma hora para outra.

CONCLUSÃO: Admirável mundo novo é um livro genial, justamente por quebrar com tantas convenções e mesmo assim permanecer relevante e interessante tantos anos após o seu lançamento. A obra discute de forma inteligente como a raça humana pode ser facilmente controlada quando se oferece o mínimo para que sobreviva sem grandes problemas, como a tão conhecida técnica do "pão e circo".

Leia se você gosta de distopias, histórias com profundidade e discussão sobre o comportamento humano.
Não leia se... não tem essa de não ler!!  Esse é obrigatório!

E depois de ler ou se você já havia lido, deixe aqui o seu comentário sobre o livro e sobre essa análise. Você concorda com os pontos discutidos? tem algo a acrescentar? então participe!!

Abraços
Dan Folter!