sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Resenha - Bidú caminhos por Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho

Olá caros leitores.

Saudades das resenhas? Pois é, tem sido um tempo de leituras longas e muito trabalho, mas, entre uma leitura pesada e outra, costumo reservar um espacinho para coisas mais leves, porém não menos interessantes.

Então a resenha de hoje é sobre um quadrinho: Bidú - Caminhos. vamos lá?

Capa:


Como de costume, as graphics MSP trazem uma capa bonita, que traz sentimentos e nos dá uma vontade louca de ter na estante

SINOPSEEm Bidu – Caminhos, os autores Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho reimaginam a forma como Bidu e Franjinha - os dois primeiros personagens criados por Mauricio de Sousa - se tornaram melhores amigos. Uma aventura cheia de problemas, surras, desvios de rota, chuva, cachorros, decisões difíceis e ternura.

DADOS TÉCNICOS: 2014, 84 páginas, Editora Panini, Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho

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RESENHA: Bidú - Caminhos é mais uma das interpretações dadas por artistas modernos à obra concebida pelo genial Maurício de Souza, um ícone da literatura brasileira.
Como de costume a obra homenageia os personagens sem interferir com a essência deles, o que nos deixa aliviados e felizes pelo bom trabalho dedicado a personagens por nós tão queridos



A HISTÓRIA: Nessa revista temos recontado o primeiro encontro entre Franjinha e Bidú, mas a história mesmo é praticamente toda voltada a uma aventura anterior a esse encontro onde o cachorrinho azul passa por muitos perrengues.

UM POUCO DE VIDA REAL: Nos deparamos com problemas comuns a muitos cachorros abandonados nessa revista. A luta diária por comida e abrigo, os perigos ao encontrar animais maiores, humanos malvados e o sempre presente risco de atropelamento.
É uma revista que coloca à prova a questão liberdade x conforto a que muitos pets são expostos nos dias atuais. Leia e tire suas próprias conclusões.

NOSTALGIA: Apesar de os quadrinhos da turma da Mônica serem, em geral, destinados ao público infantil, as graphics MSP têm uma pegada mais focada no público adulto, em pessoas como eu que passaram a infância lendo gibis e agora compram esse material para exercitar a nostalgia.
É claro que o material também pode ser lido por crianças, mas adultos aproveitarão muito melhor as nuances. A arte é um show a parte, por isso, vire as páginas bem devagar para perceber a riqueza de detalhes e a delicadeza de cada quadrinho. É possível ver que foi feita com amor.



CACHORROS NÃO FALAM: Outra visão comum em gibis e histórias infantis em geral é a antropomorfização de personagens animais. Mas nessa revista, eles não falam usando palavras. Ao invés disso os balões contém imagens semelhantes a emojis. O leitor precisa interpretar as falas através dos sentimentos passados, bem parecido com os animais verdadeiros.
É uma técnica que causa um certo desconforto, mas que funciona muito bem quando nos acostumamos a ela. E os balões tem uma arte a parte também.

ONOMATOPEIAS: Foi necessário recorrer ao uso dessa figura de linguagem para deixar a história ainda mais interessante, por isso você encontrará onomatopeias (barulhos descritos por palavras) por toda a revista, desenhados de forma brilhante.
A técnica ajuda a preencher os espaços que a falta de diálogos poderia causar e nos deixa com algo para ler, além de apenas olhar para as imagens.

CONCLUSÃO: Bidú - Caminhos é outra obra que acerta em cheio com o objetivo dessa coleção e faz felizes tanto os fans mais antigos da turminha quanto o pessoal mais novo. Traz algumas ideias inovadoras e, mesmo assim, respeita a obra original. No Skoob ganha um 5 com louvor e pedidos por mais.

E você já leu essa revista? Então diga o que achou.
Se não leu, então nos diga se essa resenha o deixou curioso e porque.

Grande abraço a todos

Dan Folter!

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