segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Youtube - Como ser um escritor independente - T01E15

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Dan Folter

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Resenha - Ressurreição de Machado de Assis

Olá meus amigos desinformados, tudo bem por aí?

A resenha de hoje é de um clássico, mas também de um livro desconhecido do grande público: Ressurreição de Machado de Assis.

CAPA: 


Não tem como julgar a capa de um livro que teve mais de trinta edições, então escolhi uma que representa bem tanto a história, quanto a época. Além de ter uma cara de envelhecida.

SINOPSERessurreição é a primeira tentativa de romance de Machado de Assis. Publicado em 1872, na fase final do romantismo brasileiro, a grande novidade do livro não estava em preocupar-se com a análise de temperamentos e caracteres, mas em ser o primeiro, pelo menos, que com este só propósito se escrevia entre nós.

DADOS TÉCNICOS: 1872, 166 páginas, em domínio público, Machado de Assis

RESENHA: Ressurreição é o primeiro romance publicado pelo grande Machado de Assis e a publicação é de 1872, o que dá quase um século e meio de existência.
Mas a idade avançada não é sinônimo de notoriedade, pelo menos não do grande público. Eu mesmo não tinha conhecimento da obra até adquirir a coleção completa do autor e resolvi lê-la sem saber ao certo do que se tratava.

DO ROMANTISMO (SÓ QUE NÃO): Pela época em que foi lançado, Ressurreição deveria ser uma obra romântica (não amorosa, mas pertencente ao movimento), mas o próprio autor já faz questão de nos avisar que não faria isso em sua primeira, pasmem, tentativa, de escrever um romance.
Então não esperem por amores avassaladores, mas por uma trama que flerta muito mais com o realismo ao tentar analisar o caráter dos personagens ao invés de deixá-los serem movidos pelo amor.

TEM ROMANCE SIM: O parágrafo acima pode dar a impressão de que Ressurreição não é uma história de amor, mas é. O que muda é a forma como o autor coloca a lente sobre os personagens, analisando suas motivações e psicológicos.
Mas, basicamente, é sim um livro sobre relações amorosas.
A TRAMA: Félix é um homem que se orgulha de não ser controlado por seu coração. Ele se achava capaz de encerrar um relacionamento sem que isso o causasse danos. Isso mudará quando o médico conhece uma viúva chamada Cecília e se encanta por ela.

Só que Félix parece temer tanto a possibilidade de um relacionamento duradouro que irá se auto sabotar e colocar em risco essa união.

A situação fica ainda mais complicada quando tanto ele quanto Cecília têm outros pretendentes que podem ajudar ou atrapalhar tudo dependendo do ponto de vista.
PISTAS:  Ressurreição é apenas o primeiro livro de Machado de Assis, mas já conta com uma qualidade bastante alta, seja na trama, seja na qualidade literária.
É bastante interessante já notar, embora em doses menores, alguns dos trações que marcaram o autor mais tarde, como falar diretamente com o leitor e usar certa ironia.
O personagem Félix e sua desconfiança em relação à fieldade da viúva também me fez pensar em um outro personagem mais famoso do mesmo autor. Bentinho, que parece um Félix mais exagerado.

ACHEI UM ERRINHO: A vida de um escritor é dura ao ler algo tão bom e que foi apenas um primeiro livro, mas eu confesso que fiquei com uma pitada de realização pessoal ao encontrar um pleonasmo na obra.
Numa determinada parte, a descrição indica que o personagem irá "entrar para dentro", o que, apesar de não estar errado gramaticalmente, é um vício de linguagem a ser evitado.

Se você, como eu, batalha nessa área das letras, saiba que até o grande Machado de Assis cometeu um deslize um dia. Foi de leve, mas conta rsrsrs.

CONCLUSÃO: Ressurreição é uma mostra bastante poderosa de tudo aquilo que o autor viria a se tornar. É uma história muito bem construída e com um final bastante surpreendente, principalmente para a época.
Claro que o português mais antigo dificulta um pouco a leitura, mas se você tem um Kindle como eu, com um dicionário integrado, fica bem mais fácil de checar aquelas palavrinhas que não foi possível matar pelo contexto.

Pretendo ler toda a obra do autor e sempre contar para vocês o que achei de cada um deles.

Nota 4,0 no Skoob para um livro que nem parece um romance de estreia.

Ahhhh: E se você gosta de Machado de Assis, dá uma passadinha lá no nosso canal do YouTube e assiste o que eu falei sobre Memórias Póstumas de Brás Cubas.



Abraços

Dan Folter

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Youtube - T01E14 - Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis

Salve desinformados queridos!
Hoje é dia de clássico. Vamos falar sobre Memórias Póstumas de Brás Cubas, uma obra que merece a nossa atenção.


Neste vídeo, conheça meu parente "alemón" distante, o Dr. Hans Chucrute, saiba como é possível falar de Monte Python, Deadpool e Machado de Assis na mesma conversa e se desarme de todos os seus preconceitos.

Não se esqueça de curtir o vídeo e de assinar o canal para nos ajudar.

Abraço

Dan Folter

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Resenha - Arcanista de Joe de Lima

Olá meus amigos, como estão vocês? Espero que muito bem.

Hoje vamos falar de mais uma obra nacional. Arcanista de Joe de Lima

CAPA: 


Ótimo trabalho de capa, desde a ilustração mostrando o capote utilizado pelos arcanistas, bem como seu símbolo no ombro, passando pelo bom posicionamento do título e até pela escolha de fonte que transmite muito bem o que encontramos na obra.

SINOPSEMarcel Seeder é um tímido rapaz de 16 anos que vive em Vera Cruz, uma nação dividida pelo jogo de poder entre o governo, o exército independente chamado Arcanum e a sombra do grupo ecoterrorista Voz Verde.

Marcel se preparou desde a infância para uma carreira militar como arcanista, seguindo os passos de seu pai. Entretanto, a visita oficial do Regente-Geral e de sua família à Arcanum irá deflagrar um terrível incidente. Para enfrentar a conspiração que busca assassinar Camilla Noble, a filha mais velha do Regente, Marcel precisará superar suas limitações e dominar a gema incrustada em sua mão.

Com uma narrativa cinematográfica, Arcanista é mais que uma história de superação e sobrevivência. É a história de pessoas que tentam encontrar seu lugar em uma sociedade com um complexo cenário político e um colossal abismo social que separa a elite e a classe menos favorecida.

DADOS TÉCNICOS: 2016, 288 páginas, Independente, Joe de Lima

RESENHA: Se você está procurando um livro que reúna aventura, distopia, Ficção Científica, fantasia e muito mais, então corra para ler Arcanista, primeira parte de uma trilogia batizada de Vera Cruz e escrita pelo brasileiro Joe de Lima.
O livro narra a história de Marcel Seeder, um rapaz cujo maior objetivo é adentrar uma espécie de força policial conhecida como Arcanistas.

JORNADA DO HERÓI?: Parece, mas não é. Os primeiros capítulos mostram Marcel fazendo as provas para entrar no grupo dos Arcanistas, mas acabamos descobrindo que o rapaz não é exatamente um herói. Ele é falho, tem problemas familiares, é apaixonado por uma garota que não o corresponde, coleciona muitas derrotas e poucas vitórias.
O personagem é muito verossímil e interessante justamente por não seguir à risca a jornada do herói.

DISTOPIA?: Sim. Vera Cruz é o que sobrou após uma guerra onde bombas nucleares foram utilizadas e as sobreviventes vivem nas chamadas cidades altas. Durante o desenrolar da história descobrimos que muito não é o que parece, que governos e outras instituições podem estar corrompidas. São várias nuances bem exploradas nesse quesito.

Aqui uma nota sobre a escolha do nome. Vera Cruz já foi um dos nomes do Brasil e dessa forma sutil, percebemos que se passa em nossa terra.


FICÇÃO CIENTÍFICA?: Também... A utilização de certos equipamentos, armas e veículos bebe na fonte da ficção científica. Claro que não dá tempo de se aprofundar porque há muita coisa acontecendo, mas há traços sim do estilo.

FANTASIA?:  O elemento fantástico surge na forma da mana. Mana seria uma fonte de energia encontrada no centro da terra e que passa a ser utilizada para fazer quase tudo em Vera Cruz. Os arcanistas utilizam cristais desse material para produzirem os seus poderes, como é o caso de Marcel, que consegue um poder, mas tem bastante dificuldades e problemas ao usá-lo.

Há um grupo chamado "Voz verde" que alega que a obtenção da mana está exaurindo o planeta e esse grupo também tem papel importante na trama.

AVENTURA: A história que começa com a formação de Marcel como Arcanista logo nos leva a sua primeira missão onde ele se encontra com Camila Noble, filha do regente de Vera Cruz e com dois garotos que se tornarão bastante importantes para a trama.

O grosso do livro se passa nessa aventura, quando os elementos que descrevemos acima já estão bem explicados e confortáveis para o leitor.
CONCLUSÃO: Arcanista se mostra um livro muito bem estruturado, com personagens críveis, reviravoltas, traições e surpresas.
Tudo está bem explicado, sem pontas soltas ou personagens inúteis. A leitura é prazerosa e fluida.
Achei uns errinhos de digitação aqui e ali, mas nada que atrapalhe, apenas uma das dificuldades de um autor independente.

Com certeza irei ler os outros dois livros da saga, pois o primeiro deixou uma ótima impressão.

Nota 4,0 no Skoob para um livro que entrega mais do que promete flerta com vários estilos sem decepcionar em nenhum deles.

E você leitor? Já leu esta obra? qual sua opinião sobre ela?

E sobre essa resenha? concorda? discorda? quer acrescentar algo?
Então deixe o seu comentário.

Abraços

Dan Folter